A nossa querida Andreia Dias enviou-nos dois poemas sobre a saga, um sobre o Círculo e os seus elementos, enquanto que o segundo nos envolve no relacionamento da Zoey e do Kalona.
Sinto, por Andreia Dias
Sinto-te voraz vento
   Os teus braços bravios que me aconchegam
   Em gestos suaves me acariciam
   Com meiguice, com amor
  E sinto…
  Sinto-te fugaz fogo
   A crepitar e a chamar por mim
   Para aquecer o bloco de gelo no peito
   Com solenidade, com perspicácia
  E sinto…
  Sinto-te alegre água
   A fluir por entre os meus dedos
   Sempre cristalina e para me cuidares
   Com suavidade, com carinho
  E sinto…
  Sinto-te terna terra
   A pulsar sob os meus pés
   Como o ritmo cardíaco do meu coração
   Com calma, com vivacidade
E sinto…
  Sinto-te eloquente espírito
   A vibrar dentro do meu ser
   Raiando em cada parte do que sou
   Com liberdade, com vida
  Porque sinto.
Esqueci-me, por Andreia Dias
Esqueci-me…
Hoje esqueci-me de te esquecer
E tu apareceste vindo das sombras,
Envolvido numa aura negra que se desfez
Ou apenas se ocultou na perfeição desse rosto…
Um rosto angelical, onde esses olhos negros,
Negros como obsidiana perfeitamente esculpida,
Escondem o desejo, a necessidade e a perdição
De um coração de anjo caído em tentação.
Vieste…
Vieste com um sorriso luminoso,
Um gesto que me acelera o sangue nas veias
E me arrancou um suspiro de prazer.
Todavia, pergunto-me se será verdade
Esse gáudio que esboças nos teus lábios
Ou simplesmente uma miragem,
Uma mágica ilusão para ingénuas sonhadoras?
Não sei e tu não me respondes…
Aprisionaste-me….
Aprisionaste-me nesses braços fortes
Num abraço quente e reconfortante,
Mostrando-me o quanto desprotegida estou
Quando não partilhamos as nossas almas…
E sei que é isso que anseias todo este tempo,
Tudo aquilo que nunca te poderei dar,
O maior dos pecados e o maior dos erros
Que enclausurei na minha Caixa de Pandora.
Tentaste-me…
Tentaste-me com palavras de amor, 
Mentiras e promessas de um futuro perfeito
Quando toda a perfeição que existe
É somente o sonho onde me manténs refém.
Refém do teu e do meu desejo,
Um desejo jamais insaciável 
Como um fogo que nunca se extingue,
Ou a noite que nunca termina.
Liberta-me…
Liberta-me deste sofrimento que corrói
E me torna escrava passiva da dor.
Porque se me amas como aclamas,
Não desejas ver um sorriso também nos meus lábios?
Ou te agrada mais as lágrimas que deslizam,
Tal qual um grão de gelo, pelo meu níveo rosto?
Gotas cristalinas e puras, a verdade crua
De tudo o que de mais real há no meu espírito.
Esqueci-me…
Hoje esqueci-me de te esquecer
E tu apareceste vindo das sombras.
 Solene e pacífico, de asas negras abertas 
Para me levar a voar até lugares inatingíveis, 
Onde meramente divindades têm acesso…
Nesse instante, nesse instante lembrei-me de tudo 
E recordei que tudo o que sempre esqueci
Foi de acordar do sonho em que me capturaste.
Estão fantásticos, não concordam?
Enviem também os vossos poemas e trabalhos sobre a saga para o email jwalter2412@gmail.com.
Benditos sejam!





2 comentários:
Andreia tens realmente um grande talento...eu adorei ou melhor amei os teus poemas!!!
Por favor escreve mais porque tens mesmo muito talento :D
Olá joana! Obrigado pelos elogios!
Eu tenho um blog dedicado a poemas e pequenas histórias! Se quiseres podes passar por lá.
Beijinhos!
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