Olá Filhos e Filhas das Trevas!
Trago outro dos textos do meu TOP3 do Passatempo Despertada, o texto da Joana Aleixo. Espero que gostem tanto como eu.
Amanhã o da Rita Verdial (:
Que Nyx vos abençoe!
Trago outro dos textos do meu TOP3 do Passatempo Despertada, o texto da Joana Aleixo. Espero que gostem tanto como eu.
A meu ver Afrodite é provavelmente uma das personagens mais intensas e complexas de toda a saga Cada da Noite. Ao contrário da maioria das personagens em que podemos desde o inicio determinar um certo perfil e a partir dai quase que podemos adivinhar quilo que vão dizer, como vão reagir a uma determinada situação e acima de tudo a onde a sua lealdade reside, com Afrodite não é bem assim. De inicio foi apresentada uma rapariga controladora, egocêntrica, uma diva autêntica, maldosa e com desejo de poder e popularidade, mas isso veio a mudar ao longo da história e essa vampyra que em Marcada todos odiámos, revelou ser completamente diferente arriscando até a sua vida para salvar os outros.
E é por isso que este é um dos meus capítulos preferidos. Em poucas páginas ficamos a conhecer e a compreender uma Afrodite inteiramente distinta daquela a que estamos habituados. Conseguimos ver que por detrás daquele sarcasmo, daquela arrogância toda e dos maus modos com que trata Zoey e os amigos (e tenho de admitir que me farto de rir com o que ela diz dez em quando), ela preocupa-se de facto com eles e por muito forte e invencível que ela mostre, Afrodite é bastante sensivel e que também necessita de conforto por parte de alguém que a ame e faça sentir segura, como Dário.
Com Dário a ela encontro isso. Encontro uma pessoa que vê quem e a verdadeiramente é por detrás da mascara, uma pessoa que a ama mais do que ela se ama a si própria, mas sempre na defensiva Afrodite não acreditava que isso pudesse estar a acontecer (“Ocorreu-lhe a estranheza que era ter alguém a tomar conta de si – alguém que parecia gostar dela por ela mesma no que era uma surpresa absoluta.”). Afrodite estava habituada a que os rapazes gostassem dela por ser gira, rica e popular, ou simplesmente por ser uma “cabra”. (“Não gostavam dela por ela ser a Afrodite. Alias, não se davam ao trabalho de saber quem ela era por detrás do cabelo espampanante, das pernas boas e do mau feitio.” – Página 115).
Neste capítulo à medida que Afrodite se vai apreendendo que ama realmente Dário e que este corresponde os seus sentimentos ela sente-se exposta e entra na defensiva não sabendo como alguém, ainda por cima alguém com Dário, poderia amar alguém como ela (“Ele amava-a? Como? Porquê? Não percebia que ela era uma cabra horrorosa?”). Quando Dário lhe assegura que ela não é como a mãe e que é capaz de amar, a única coisa que Afrodite questiona é: “Mas serei capaz de ser amada?”. Para mim isto mostra a quão sozinha Afrodite se sente, e de certo modo, como ela mostra que não tem aquela confiança que demonstra ter em público. É como se de certa forma ao questionar-se se pode ser amada se estivesse a punir pela maneira de ela ser.
Quando Dário pede à amada para aceitar o seu Juramento de Guerreiro é quando a insegurança da Profetisa dispara. Sem compreender o porquê e com a ideia fixa de que magoa todos aqueles de que dela se aproximam, recusa. Mas Dário não desiste por acreditar verdadeiramente que ela é especial e o valor que ela tem, ela cede. E assim é nos mostrada uma nova perspectiva daquilo que Afrodite é na verdade.
Ao longo do capítulo apercebemo-nos de uma faceta da sarcástica e “megera” Afrodite que nos era desconhecida, mas é no último parágrafo que conseguimos entender o sofrimento e a tristeza que a Profetisa enfrenta e tenta combater todos os dias. (“Com um grito de júbilo, Dário levantou-se e tomou a sua Profetisa nos braços. Depois abraçou-a gentilmente ate o sol se pôr, enquanto ela chorava e desfazia o nó de tristeza e solidão e raiva que durante tanto tempo oprimira o seu coração.”)
Quando lemos um livro geralmente ficamos tão embutidos nas personagens principais que nos esquecemos das secundárias e da crucial importância que estas têm para o desenrolar da história, dos seus sentimentos, dos seus gestos e da sua maneira de pensar, Mas elas são importantes. Adoro este capítulo por ser tão intenso, apaixonado e por me fazer sentir que todos temos as nossas inseguranças e que todos podemos ser amados e que talvez exista alguém no mundo que nos veja e que nos ame incondicionalmente por aquilo que somos cá dentro e não o que mostramos ser. Para mim este capitula mostra que as pessoas são mais do que os nossos olhos vêm.
Amanhã o da Rita Verdial (:
Que Nyx vos abençoe!
1 comentário:
Gosto muito do texto, mereceu ganhar parabéns:)
Ass:Kýka
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