Abandoned: Idiota

Olá pessoal!
27º capítulo aqui!!!
Já sabem: comentem, a Tina agradece!


Abandoned
27 Capítulo

-Zoey!! Zoey! – gritou Alisha. Eu estava no quarto, a revirar um colar de prata (enganei-me, afinal Heath não sabia o quanto odiava que misturassem o Natal e o meu aniversário) com um pendente semelhante a um floco de neve numa mão e a carta decorada com (mais outro que não sabia sobre a mistura Natal/Aniversário) uns bonecos de neve.
-Diz?
-Zoey – ofegou ela, abrindo a porta do quarto –O Lord?? Viste-o?
-Não… Ele não anda por ai á uns dias, só agora é que te lembras?
-Ele não tem estado por cá, só agora é que te lembras?
-Não percebes! Ele tem estado por cá! Mas agora desapareceu!
-Assim como?
-Eu… Sinto-o, dentro da cabeça, como uma luz, uma presença… Eu sei SEMPRE onde ele está, SEMPRE! E agora deixei de o sentir! – exclamou, (demasiado) preocupada.
-É um gato, ele pode… ter-se afastado mais um pouco e quebrou a vossa ligação, não é nada de mais…
-Tu não percebes – interrompeu, chorosa – Ele não estava longe, e depois já cá não estava!
-Relaxa, não á de ser nada de mais! – tranquilizei-a (OK, não a tranquilizei, eu TENTEI, mas pelos vistos não deu…)
-Mas é!!!!
-Olha, porque é que não vamos dormir, vais ver que amanhã já cá está.
-Não íamos dar um passeio.
“Ah… Pois íamos…Paciência!” dialoguei, para mim mesma.
-Vamos, estou super cansada, vamos mas é dormir e amanhã logo se vê!
-OK, vou só avisa-los.
-Ah – acrescentei, quando ela sai pela porta – Respira fundo.
Ela deitou-me um sorriso irónico, e eu brindei-a com o meu genuíno.
Lavei os dentes, vesti o pijama e enfie-me na cama.
Nyx tinha razão: Aquela noite fizera-me bem, muito bem, sabia bem descontrair. Mais, sabia bem descontrair sem receber prendas cheias de Pais Natal.


Uma musica Natalícia –daquelas mesmo muito irritantes, que se ouvem em praticamente TODAS as peças de teatro nas escolas primarias – acordou-me, de manhã.
-É Natal, é Natal… -cantarolava Alisha.
-E eu quero dormir! –interromopia, cantando a ultima frase com ironia.
-Credo, Z, não sabia que tinhas mau humor matinal!
-E não tenho, quando tu não me acordas!
-Oh, por amor da Deusa! É Natal!
-Daihoma, para tua informação, e este é considerado um dia sagrado, e, imagina só! Um dia de descanso também! –OK, admito, naquele dia eu estava especialmente mal humorada. Não tinha pregado olho por estar a a pensar em Erik e na sua carta, Stevie Rae não me saíra da cabeça –aposto que ela estaria a cantar o mesmo tema que Alisha naquele momento, mas com o seu sotaque do Oklahoma, e que quando nós chegasse-mos lá abaixo se ia deitar a fazer um bolo qualquer, que como todos os seus outros bolos, saberia a algo semelhante a serradura. Mas isso não interessava, porque nós íamos comer aquele bolo, eu ia elogia-lo, Shaunee e Erin iam dizer-lhe a verdade, e Stevie Rae ia acabar a dar-nos um sermão sobre os seus bolos típicos, e muito apreciados pelo resto da sua família. Resumindo: Ia ser o melhor Natal que eu tinha, pelo menos, desde á três anos atrás –isto se não fosse melhor do que os outros também.
Uma lágrima solitária escorregou do canto do meu olho, e rolou até acabar por cair em cima do meu pijama. Tive de a limpar rapidamente, com medo que Alisha olha-se para mim –quer dizer, se num segundo ela estivesse a resmungar por ter sido acordada, e no seguinte estivesse a chorar, provavelmente acabava a chamar-lhe bipolar, e eu não queria parecer mais alucinada do que já parecia.
-OK, quero lá saber se não tens paciência ou se não te queres levantar, põe-te mas é a mexer ou eu arrasto-te! –exclamou ela, virando-se para mim bruscamente. –E despacha-te a vestir, está gente lá e baixo à espera!
-E eu é que tenho mau humor… -resmunguei.
-Não sou eu que estou a resmungar! –retorqui-o.
-Sempre às ordens –deitei-lhe um sorriso irónico.
Ela revirou os olhos e suspirou.
-Anda, depois do pequeno almoço vens comigo correr!
-O quê? Deves estar a brincar! Não achas que estou cansada o suficiente?
-Não! Para além de que comi demasiado no teu Jantar, agora vens comigo, de castigo por me teres obrigado a comer aquela tarte de natas!
-Tu não a comeste, tu atiraste-ma!
-Comi duas colheres!
-OK, então vai tu correr, eu sinto-me bem assim!
-Ai não que não vou, sozinha não vou!
-Então não vás. Simples, não é?
-Tu vens comigo minha amiga, nem que tenha de te arrastar pelos teus lindos cabelinhos pretos!
-Hoje deu-te para me arrastares para tudo?
Ela semicerrou os olhos, mas depois cedeu e desmanchou-se a rir.
-Uau, isso acontece-te muitas vezes? –Agora já acreditava que ela talvez fosse bipolar…
-Nem por isso, só acho piada à ideia de te arrastar pelos cabelos até ao American Eagle… -deitou-me um sorriso atrevido
-Já te disse um milhão de vezes, não me apetece passar três horas a escolher uma camisola que só vais usar uma vez!
-Mas eu PRECISO de camisolas!
-A sério? E que tal usares uma das tuas trezentas?
-Uma das minhas trezentas que por acaso estão VELHAS?
-Oh, compra-mos duas anteontem!
-Sim, eu usei-as e pu-las para lavar!
-Como é que consegues usar duas camisolas num dia?
-Habilidade, técnica e jeito. Já pratico à uns tempos… Mas que tal irmo-nos vestir?
-Uma ideia decente, pela primeira vez… Já sentia a falta disso, mas contigo já devia saber, não é?
-Pois. –respondeu.
Suspirei, pela enésima vez, e dirigi-me ao armário.
Umas calças pretas, umas botas de cano alto encarnadas, a camisola encarnada –e gira do American Eagle – e uma gabardina preta que me chagava aos joelhos, simples e rápido, era assim que eu me vestia… Ao contrario de Alisha, que ainda estava indecisa entre uma camisola preta com um decote mesmo giro e uma T-Shirt esvoaçante.
-Leva a camisola preta –aconselhei.
-Eu sei, estava a pensar nisso, mas parece demasiado casual para vestir numa época destas, não achas?
-Claro, o mais adequado para esta época é um vestidinho branco com um cinto florido e preso atrás num grande laço.
Ela deitou a língua de fora, com cara de quem tinha chupado um limão azedo.
-Nunca na minha vida eu vestiria uma coisa dessas!
Acenei com a cabeça.
Passamos a meia hora seguinte a escolher a roupa –era mais Alisha que estava a escolhe-la, eu limitava-me a acenar e a suspirar, suspirar muito.
De qualquer maneira, acabamos por descer.
Luke e Jason estavam lá em baixo, assim como Elen e William e a minha avó.
Sorri-lhes.
-Aqui a Miss não se conseguia decidir entre dois pares de bota, aparentemente idênticos!
-Eu já te disse, eles não são idênticos, um deles tem o corte na boca da bota mais profundo, e eu queria saber qual dos dois condizia melhor com o decote da camisola!
-Obviamente, porque toda a gente costuma olhar para isso!
-Não tenho culpa que te vistas de qualquer maneira, pergunta ali à Sr.ª Elen, ela passa este tempo a escolher um colar!
-Podem parar com isso? –suspirou Luke. Depois avançou para Alisha, rodeou-lhe a cintura com os braços, sorrio e beijou-a –Eu acho que ficas sempre perfeita!
Jason fez o ar de quem ia vomitar.
Estava a rir, quando olhei para o lado. Erik estava lá, assim como todos os outros, com um prato de qualquer coisa na mão. Eles riam-se todos, a conversar. Erik desviou o olhar por um segundo, olhando para mim. Não queria, de maneira nenhuma, que ele visse como olhava para eles, por isso, por instinto –ou talvez por ser a primeira coisa de que lembrei (embora admita que tinha lá um pouco de malícia à mistura) – avancei até Jason, deitei-me nos seus braços rapidamente e beijei-o. Ele pareceu surpreendido, de inicio, mas depois correspondeu ao meu beijo, calorosamente.
Pronto, naquela altura já estava realmente a apreciar o beijo, quando um ruído de algo a partir me chamou a atenção.
Afastamo-nos, e olha-mos –como toda a gente na sala –para o sitio onde estava Erik, com um prato partido em dois nas mãos.
O olhar era o de um cachorrinho ferido, e a dor era tanta que até a mim me doeu. Apeteceu-me correr até ele, pedir-lhe desculpa, dizer-lhe que o amava, mas sabia que não podia.
Ele levantou-se, e dirigiu-se à porta rapidamente, a ser seguido por todos os olhares na sala. Soltei-me dos braços de Jason, que ainda me seguravam, e corri atrás dele.
-Erik –murmurei, mas ele já deixara a sala.
Fiquei ali, feita estúpida, a olhar para a porta. À minha volta, o ruído começava a alastrar, até que a divisão voltou ao seu estado turbulento normal.
Olhei para trás. Erin e Shaunee olhavam para mim com um olhar que transbordava de raiva, Damien parecia incrédulo e Jack magoado.
Suspirei e fui em direcção à porta, deixando todos para trás.Precisava de estar sozinha.
Acabara de magoar aqueles que adorava, não ia demorar a magoar Lue, Alisha, Jason e todos os outros que se aproximavam de mim…
“Agora sim Zoey, agora estás uma verdadeira cabra!”


(Próximo capítulo: terça-feira, ás 16h)

7 comentários:

Anónimo disse...

Adoro esta fanfic...sem duvida...
Tenho pena é que demore tanto tempo a publicarem os capitulos... mas pronto...
Continua..
bjinhs

Anónimo disse...

esta fanfic é LINDA!!!!
ADORO

Tina disse...

Obrigada a todos!
Bem, quanto á demora dos capitulos, serve para que dê tempo para escrever.
Obrigada novamente ;)
Bjs,
Tina!

Tina disse...

Obrigada a todos!
Bem, quanto á demora dos capitulos, serve para que dê tempo para escrever.
Obrigada novamente ;)
Bjs,
Tina!

Erica Gomes disse...

olaa :)
desculpa mas este capitulo e dos livros da saga da casa da noite ?
se é é o nº quê ?

Erica Gomes disse...

oláá :)
eu queria perguntar se este caitulo e de algum livro da Casa da noite ?
se é , é o nº quê ?

Casa da Noite ☾ disse...

Erii isto é uma fanfic.