Capitulo 16
Joka
Não sei por quanto mais tempo vou aguentar isto. Por quanto mais tempo iria este terror continuar? O meu coração começava aos saltos sempre que o Zomba-Corvos horrível entrava e levava mais um iniciado. Alguns simplesmente saiam pela porta e não voltavam. Outros, pouco tempo após serem levados só se conseguiam distinguir gritos. A professora Beatriz foi a que mais gritara. Conseguia ouvir os gritos desesperados dela pelos corredores.
Angel, eu e Tekas estávamos encostados à parede da pequena sala que mais parecia uma prisão. Sempre virados para as grades com medo de quem seria o próximo a ser levado. O que nos irão fazer? Irão matar-nos? Quando comecei a ouvir passos agarrei-me com toda a força a Angel e Tekas. Só restávamos nós na sala.
- Quem quer ssssser o próximo? – o nojento Zomba-Corvos aproximou-se de mim e prendeu-me pela manga do braço com o seu enorme bico.
-Larga-a sua criatura feia! – Angel empurrou-o e puxou-me para traz.
-Leva-me a mim! E não lhe voltes a tocar!
-Como queirasss rapazzz masss ela vai acabar por vir. – Angel deu-me um beijo rápido e disse que me amava. Não queria deixa-lo ir mas a criatura puxou-o pela camisola. Não tardou muito quando comecei a ouvir os grito de Angel. Foi o som que mais me custou ouvir em toda a vida.
*****
Angel
Não sabia o que me iria acontecer. Facto é que provavelmente me irão matar, e nunca mas irei ver Joka. O Zomba-Corvos puxou-me com o enorme bico para dentro de uma sala. Fiquei horrorizado ao ver a professora Beatriz amarrada a uma cadeira a sangrar do nariz, da boca, da cabeça, estava completamente coberta de nódoas negras.
-Professora Beatriz o que se passa?! – Estava a ficar com medo. Onde estavam os outros iniciado? Iria ser aquele o meu destino? A minha Sacerdotisa cuspiu sangue para o chão.
-Angel, sé corajoso e não lhe contes nada! – não acabara a professora de falar quando entrou uma mulher que mais parecia uma deusa, alta de cabelo ruivo e olhos verdes. Estava acompanhada de um anjo Negro que pela descrição que recebera de David devia ser o tal anjo caído.
-Com que então este rapaz sabe de alguma coisa? – a mulher agarrou a minha Sacerdotisa pelos cabelos, que soltara um gemido.
-O que te aconteceu Nefert? Viraste as costas a Nyx? – Beatriz virou a cara escondendo as lágrimas que lhe começavam a escorrer. A bruxa chamada Nefert aproximou-se de mim.
-Diz-me rapaz onde está a rapariga? Onde está essa tal Mariana?
-Vá-se lixar sua bruxa! – ela sorriu-me e sacudiu o cabelo de uma maneira tão sensual e horrorosa ao mesmo tempo que me deixou os joelhos a tremer.
-Com que então está aqui a resposta! Fez sinal para o anjo que num movimento tão rápido me prendeu a uma cadeira com correntes.
-Vou repetir a pergunta, e tu vais responder-me! Onde está a rapariga?
-Vá se lixar! – ela sorriu e o anjo acertou-me um murro no estômago que me fez vomitar.
-Podemos passar aqui o tempo que for preciso! Onde está a rapariga?
-Não sei!
-Resposta errada! – ela deu-me um estalo que me fez cair da cadeira.
-Eu juro que não sei onde ela está! Quando nos atacaram ela já não estava lá!
-Então fala-me dela! Quem é ela e o que tem ela de especial? – ela aproximou-se do meu ouvido.
-Vá se lixar! – levei mais um tratamento especial da bruxa mas desta vez não consegui conter os gritos e as lágrimas. Quando a bruxa se preparava para me voltar a bater Kalona agarrou-a pelo braço.
-Minha rainha, porquê continuar a usar a violência física? Vamos usar uma mais eficaz. – o anjo mordeu-lhe a orelha e sussurrou-lhe qualquer coisa ao ouvido. A bruxa sorriu e virou-se para o Zomba-Corvos.
-Vai buscar a namoradinha do rapaz e trá-la cá!
-Nem pense nisso sua bruxa! Deixe-a em paz. – a enorme criatura saiu da sala, e Kalona aproximou-se de mim.
-Então rapazinho? Toquei-te na ferida foi?
-Vá mas é bater as asinhas e tocar harpa! – Kalona riu-se afastou-se de mim. Pouco tempo depois Joka entrou na sala. Ela correu para mim e começou a chorar.
- O que lhe fizeram?
-Ainda não lhe fizemos nada. E se não queres que lhe aconteça nada é melhor começares a falar. – Kalona sentou Joka numa cadeira diante de mim, mas não a atou como fizera comigo.
-Diz-me minha querida, como te chamas?
-Maria João.
-Então Maria, quem é a iniciada com a marca especial? – Joka inclinou a cabeça e não respondeu. Sem resposta Kalona olhou para Nefert que me acertou um murro na cara. Joka soltou um grito de desespero.
-Está bem! Eu conto tudo mas não o magoem!
-Joka não, não lhes contes nada. – mal acabar de falar levara logo outro murro na boca.
-Ela é minha companheira de quarto!
-Isso não chega! O que tem ela de especial?
-Não sei! Não falo com ela! – Nefert aproximou-se de Joka e deu-lhe um estalo.
-Mentira! Não tentes enganar-me. – Joka começou a chorar, era impossível mentir-lhe se ela fora mesmo uma Sacerdotisa de Nyx era muito intuitiva. Será impossível mentir-lhe. A tortura e as perguntas não iriam ter fim até eles obterem as suas respostas. O que mais nos iriam eles fazer? Levei mais um murro no estômago, vomitei sangue e foi aí que perdi os sentidos.
Joka
Não sei por quanto mais tempo vou aguentar isto. Por quanto mais tempo iria este terror continuar? O meu coração começava aos saltos sempre que o Zomba-Corvos horrível entrava e levava mais um iniciado. Alguns simplesmente saiam pela porta e não voltavam. Outros, pouco tempo após serem levados só se conseguiam distinguir gritos. A professora Beatriz foi a que mais gritara. Conseguia ouvir os gritos desesperados dela pelos corredores.
Angel, eu e Tekas estávamos encostados à parede da pequena sala que mais parecia uma prisão. Sempre virados para as grades com medo de quem seria o próximo a ser levado. O que nos irão fazer? Irão matar-nos? Quando comecei a ouvir passos agarrei-me com toda a força a Angel e Tekas. Só restávamos nós na sala.
- Quem quer ssssser o próximo? – o nojento Zomba-Corvos aproximou-se de mim e prendeu-me pela manga do braço com o seu enorme bico.
-Larga-a sua criatura feia! – Angel empurrou-o e puxou-me para traz.
-Leva-me a mim! E não lhe voltes a tocar!
-Como queirasss rapazzz masss ela vai acabar por vir. – Angel deu-me um beijo rápido e disse que me amava. Não queria deixa-lo ir mas a criatura puxou-o pela camisola. Não tardou muito quando comecei a ouvir os grito de Angel. Foi o som que mais me custou ouvir em toda a vida.
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Angel
Não sabia o que me iria acontecer. Facto é que provavelmente me irão matar, e nunca mas irei ver Joka. O Zomba-Corvos puxou-me com o enorme bico para dentro de uma sala. Fiquei horrorizado ao ver a professora Beatriz amarrada a uma cadeira a sangrar do nariz, da boca, da cabeça, estava completamente coberta de nódoas negras.
-Professora Beatriz o que se passa?! – Estava a ficar com medo. Onde estavam os outros iniciado? Iria ser aquele o meu destino? A minha Sacerdotisa cuspiu sangue para o chão.
-Angel, sé corajoso e não lhe contes nada! – não acabara a professora de falar quando entrou uma mulher que mais parecia uma deusa, alta de cabelo ruivo e olhos verdes. Estava acompanhada de um anjo Negro que pela descrição que recebera de David devia ser o tal anjo caído.
-Com que então este rapaz sabe de alguma coisa? – a mulher agarrou a minha Sacerdotisa pelos cabelos, que soltara um gemido.
-O que te aconteceu Nefert? Viraste as costas a Nyx? – Beatriz virou a cara escondendo as lágrimas que lhe começavam a escorrer. A bruxa chamada Nefert aproximou-se de mim.
-Diz-me rapaz onde está a rapariga? Onde está essa tal Mariana?
-Vá-se lixar sua bruxa! – ela sorriu-me e sacudiu o cabelo de uma maneira tão sensual e horrorosa ao mesmo tempo que me deixou os joelhos a tremer.
-Com que então está aqui a resposta! Fez sinal para o anjo que num movimento tão rápido me prendeu a uma cadeira com correntes.
-Vou repetir a pergunta, e tu vais responder-me! Onde está a rapariga?
-Vá se lixar! – ela sorriu e o anjo acertou-me um murro no estômago que me fez vomitar.
-Podemos passar aqui o tempo que for preciso! Onde está a rapariga?
-Não sei!
-Resposta errada! – ela deu-me um estalo que me fez cair da cadeira.
-Eu juro que não sei onde ela está! Quando nos atacaram ela já não estava lá!
-Então fala-me dela! Quem é ela e o que tem ela de especial? – ela aproximou-se do meu ouvido.
-Vá se lixar! – levei mais um tratamento especial da bruxa mas desta vez não consegui conter os gritos e as lágrimas. Quando a bruxa se preparava para me voltar a bater Kalona agarrou-a pelo braço.
-Minha rainha, porquê continuar a usar a violência física? Vamos usar uma mais eficaz. – o anjo mordeu-lhe a orelha e sussurrou-lhe qualquer coisa ao ouvido. A bruxa sorriu e virou-se para o Zomba-Corvos.
-Vai buscar a namoradinha do rapaz e trá-la cá!
-Nem pense nisso sua bruxa! Deixe-a em paz. – a enorme criatura saiu da sala, e Kalona aproximou-se de mim.
-Então rapazinho? Toquei-te na ferida foi?
-Vá mas é bater as asinhas e tocar harpa! – Kalona riu-se afastou-se de mim. Pouco tempo depois Joka entrou na sala. Ela correu para mim e começou a chorar.
- O que lhe fizeram?
-Ainda não lhe fizemos nada. E se não queres que lhe aconteça nada é melhor começares a falar. – Kalona sentou Joka numa cadeira diante de mim, mas não a atou como fizera comigo.
-Diz-me minha querida, como te chamas?
-Maria João.
-Então Maria, quem é a iniciada com a marca especial? – Joka inclinou a cabeça e não respondeu. Sem resposta Kalona olhou para Nefert que me acertou um murro na cara. Joka soltou um grito de desespero.
-Está bem! Eu conto tudo mas não o magoem!
-Joka não, não lhes contes nada. – mal acabar de falar levara logo outro murro na boca.
-Ela é minha companheira de quarto!
-Isso não chega! O que tem ela de especial?
-Não sei! Não falo com ela! – Nefert aproximou-se de Joka e deu-lhe um estalo.
-Mentira! Não tentes enganar-me. – Joka começou a chorar, era impossível mentir-lhe se ela fora mesmo uma Sacerdotisa de Nyx era muito intuitiva. Será impossível mentir-lhe. A tortura e as perguntas não iriam ter fim até eles obterem as suas respostas. O que mais nos iriam eles fazer? Levei mais um murro no estômago, vomitei sangue e foi aí que perdi os sentidos.
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