Fanfic: Forgiven - 30º Capitulo

- Ora muitos bons dias! – disse assim que cheguei lá abaixo com Samantha para tomarmos o pequeno almoço de sexta feira
- Hum… Que se passou? Estás toda feliz… - perguntou Erin
- Uma pessoa não pode estar feliz? Pura e simplesmente?
- Tu? Normalmente tem uma razão… - Shaunee disse
- Estou simplesmente feliz – insisti
- Como queiras
Enchi a minha tigela de Conde Chocula e tomei o meu pequeno almoço
Sim, a minha felicidade tinha uma razão: Heath, ou melhor os chochos que me dera na noite anterior apressadamente. Sorri para mim. Sentia-me cada vez mais próxima dele, e com próxima quero dizer a apaixonar-me. Em sociologia estivemos a tratar dos trabalhos de grupo, eu e Heath tínhamos conseguido acabar metade dele. O trabalho era um quarto da avaliação final. Como disse, na outra aula demos a hierarquia dos deuses gregos, e o trabalho consistia em falar especificamente sobre um e ligá-lo aos vampyros; anos calhou-nos o tal Chronos, que passei a odiar pela sua crueldade.
As aulas foram passando e ao fim do dia estava cansadíssima, não tinha montado, por precaução, nem limpo a cocheira para não forças as costas, limitei-me a escovar um pouquinho Perséfone e a dar umas dicas aos que estavam a montar
- Olá gente! – disse Damien – Finalmente que apareces por aqui, Z!
- É, decidi que já não conseguia viver sem esta comida, e que nem por sombras queriam ficar alimentada a sopas sandes e chocolate quente depois duma cola
- Estava assim tão mau? – perguntou Heath
- Nada mesmo, bebia um todas as noites se pudesse! – rimo-nos todos. Sim eu há já algum tempo que não almoçava/jantava no refeitório e que não estava reunida com o pessoal todo
- Oi! – disse Chad sentando-se ao lado de Samantha e sussurrando-lhe imediatamente qualquer coisa ao que ela se limitou a abanar a cabeça, fazendo movimentar os seus cabelos, ele pareceu ficar receoso mas depressa passou. Começamos a conversar sobre coisas banais, mas depressa o tema fugiu para o romance das Gémeas com T.J. e Cole, as quais faziam questão de repetir indefinidamente: “Ai, ele é o Tal, tenho a certeza, amo-o tanto”, que mesmo sendo dito imensas vezes nos chocava sempre: as gémeas a dizerem amar? Era pouco comum mas por fim lá nos conformava-mos. No fim do jantar Heath pediu para que eu fosse dar uma volta com ele pelo campus, alegando querer passar tempo comigo para conversar sobre o trabalho.
Saímos para a rua, estava uma brisa fria que me arrepiou, de uma forma muito má, como um aviso. Ignorei em parte aquilo mas não deixei de estar atenta ao que nos rodeava
- Sabes Zo, eu tenho andado a pensar… No que se tem passado nos últimos tempos… Bem, mais sinceramente numa maneira de te fazer ficar caidinha por mim outra vez – mordi o lábio, corei e olhei para baixo, pude sentir Heath sorrir com a minha reacção de puro interesse
- E então, a que conclusão chegaste?
- Que se por enquanto não me podes amar eu quero estar contigo mais do que amigo sem compromisso…
- Heath, isso ia ser brincar contigo, com os teus sentimentos… - afirmei
- Não, não ia, se me deixares tentar mudar os teus… - a sua voz parecia enrouquecida. Havíamos parado de andar e estávamos frente a frente, eu olhava para baixo e Heath segurava a minha mão na sua enquanto me acariciava o rosto com a outra. Fez pressão para que eu o encarasse sem nunca largar a minha face. Pude sentir receio nos meus olhos, receio de o magoar, mas ele tinha os seus tão brilhantes, são felizes mas preocupados – “Por favor, deixa-me avançar, não te retraias” pensou ele desejando que eu não me afastasse. Não me afastei, mas ele estava cada vez mais próximo, conseguia ouvir o seu coração palpitar e porventura o sangue a correr, mas o seu som era abafado pelo meu que fazia questão de me encher os ouvidos
- Tenho medo de te magoar… outra vez… - acabei por dizer
- Não vais magoar eu sei disso
- Como?
- Simplesmente sei – afirmou. Continuou a aproximar-se fechando cada vez mais o espaço entre nós
- Heath… eu não posso… eu não… - a palavra encravou na minha garganta, eu queria mas achava totalmente mau começar a curtir com ele quando ainda gostava muito de Erik, mesmo tendo-nos nós afastado por falta de tempo, eu continuava a gostar imenso dele, e o que sentia por isso era um metade do que sentia por Erik… Eu simplesmente não queria fazer jogos com Heath, usá-lo para esquecer Erik de vez, não queria magoá-lo – eu não… - clareei a garganta – eu não quero… - os olhos dele alteram-se, tristes e desiludidos
- Tudo bem eu percebo…
- É que… eu gosto de ti, a sério… mas gosto mais de Erik neste momento, ainda não o consegui esquecer e não te quero usar para esse fim… Ele agora é meu professor, não vai dar mais nada entre nós, mas é difícil esquecer…
- Eu percebo…
- Desculpa
- Posso ou menos roubar-te um beijo? - Olhei para ele
- Se vais roubar não devias avisar ou ainda és apanhado
Ele puxou-me para si com a mão na minhas costas e colou os lábios aos meus, depois pediu passagem e eu cedi, abrimos as nossas bocas e as nossas línguas começaram a mexer-se automaticamente em sintonia, como dantes… A mão que não me segurava pelas costas desceu do meu pescoço para a lateral e só parou no meu rabo, que foi apertado levemente, o que me causou uma sensação de arrepio que me soube bem. Separei as nossas bocas
- Heath…
- Deixa estar, não me vais deixar mal habituado, eu posso esperar mais um tempo
Mordi o meu lábio, Heath olhou para a lua e despediu-se de mim seguindo para o seu dormitório. Senti o calor dissipar-se da minha cara e arrepiei-me de novo, desta vez num aviso gélido totalmente deslocado da noite de hoje. Caminhei a passos largos pela neve, enterrando as minhas botas até aos tornozelos.
“Oh Zoey!” ouvi chamarem por mim. Olhei para trás mas mais não vi do que uma escuridão um pouco assustadora “Zoey… Não vale a pena procurares…” Voltei-me de novo “Sabes que um dia vais ter comigo, como ela foi…” A voz máscula riu-se pondo as minhas vértebras a estalarem “Vá lá, pareces uma criancinha aterrada… Consegues melhor” Toda a minha voz se tinha apagado no momento, corri em direcção ao dormitório, atrapalhando-me a meio do caminho. Fechei os olhos e voltei a abri-los, à minha frente estava a mesma figura que vira quando caíra do cavalo. A figura soltou uma gargalhada malévola e dissipou-se. Segui a correr outra vez e entrei no dormitório. Subi para o meu quarto e dirigi-me imediatamente à casa de banho, tomei um duche quente (escaldante) que me fez ficar vermelha da quentura da água nos meus músculos frios. Sai enrolada na toalha e vesti o meu pijama: umas calças velhas e uma sweat larga cinzenta. Adormeci a pensar no nada enquanto fazia festinhas a Nala

Comentem por favor =)

6 comentários:

Anónimo disse...

muito bom!! continua!:)

Catarina *.* disse...

Olá! (:

Confesso que ja nao vinha ao blog ha algum tempo :s

Mas continua fantástico, parabens! (:

Sabem se poderá haver um 'adiantamento' em relaçao ao livro 'Seduzida'?

Obrigada

Casa da Noite ☾ disse...

Catarina: Tentei contactar a editora, mas não obtive resposta ainda...

Ana disse...

Amei mesmo *_*
Continua a escrever a FIC, está muito boa!

sara alves disse...

a fic e optima... tou a adorar continua...

sara alves disse...

a fic e optima... tou a adorar continua...