Abandoned: Início ou Fim?

Olá!
Coitadinha da Tina, ela anda sem imaginação para títulos. Por isso toca a comentar para dar apoio á Tina. Porque agora é falta de imaginação para os títulos, depois pode ser para a história e eu acho que a história está muito boa e merese ter um fim como deve ser. Por isso, toca a comentar!


Abandoned
35º Capítulo

Acordei, sobressaltada, nos túneis vazios.
Havia um cheiro esquisito no ar, horrível e nojento, mas delicioso e cativante ao mesmo tempo.
Era sangue. Era o sangue daquelas coisas nojentas, misturado com outro sangue, com sangue de vampyro.
Olhei em volta atordoada.
A caverna parecia ter o triplo do tamanho. No inicio pensei que fosse apenas uma ilusão, devido à minha enorme dor de cabeça, mas depois reparei nas formas cavadas e irregulares. Susti a respiração – A explosão tinha feito aquilo tudo.
O chão estava coberto de sangue, mas não havia apenas isso –corpos mortos, alguns até feitos aos bocados, espalhavam-se por ali. Havia sangue e carne nas paredes, pedras espalhadas por ali também não eram sinal de conforto –OK, tapavam manchas de sangue e tudo mais, no entanto, algumas dessas pedras estavam caídas não sobre a rocha, mas sim sobre outros cadáveres.
O cenário deu-me náuseas. Sai rapidamente do buraco que o meu corpo protegido cavara, inclinei-me e vomitei. Fiquei debruçada tanto tempo que me pus a imaginar quanto é que eu tinha comido na realidade.
Levantei-me e avancei, aos tropeções, para um túnel que, supunha, me levaria à saída.
Pisei um osso, que estalou debaixo do meu pé –aquilo era demais para mim. Corri até ao túnel, tropecei, cai e deixei-me ficar ali, a gemer baixinho.
Não queria, simplesmente, pensar naquilo, não queria pensar na quantidade de corpos que estavam ali, podiam ter sido meus amigos, e eu estivera a pisar-lhe os ossos. Aliás, pelo que eu sabia, podiam ter sido Stevie Rae, Erik ou Afrodite quem eu pisara.
A ideia deu-me novos vómitos, no entanto, não restava nada no meu estômago.
Decidi afastar-me. Não queria olhar para aquilo, pensar naquilo, cheirar aquilo…
Segui a planta trepadeira que ainda se sustentava no tecto, e consegui, finalmente, sair daqueles túneis.
Empalideci. Ouviam-se berros, centenas de berros, lá fora –escusado será dizer que eu tenho um fraquinho por estar sempre onde não se passa nada normal, e que corri imediatamente para lá.
E consegui ficar, novamente, chocada.
Vampyros e Iniciados estavam lá, assim como vampyros vermelhos e… humanos?
Tudo lá fora estava um caos. Na realidade, estavam a agredir-se mutuamente.
Parecia retirado de um filme, quase como o Apocalipse. Haviam duas frontes iradas: Uma constituída por humanos, residentes dali, policias e até militares, e a outra constituída por vampyros, Iniciados e vampyros vermelhos, como numa autêntica guerra civil.
Tudo lá fora parecia uma replica aumentada do que eu vira nos túneis, com o chão pejado de corpos, principalmente corpos humanos, e sangue, mais um monte de sangue –pior, era sangue humano, que me fez crescer água na boca, tanta água que quase morri afogada na minha própria saliva.
Avancei, aturdida, pelo meio da multidão.
Uma pedra rasgou o ar na minha direcção, sem me dar tempo para reagir, mas quando estava a cerca de dois centímetros do meu maxilar, desviou-se e foi acertar em cheio na cabeça de quem a atirara, com tanta força que o fez cambalear e cair no chão, ferido.
Mas que raio…? Eu JURO que não fiz nada daquilo. Parecia que agora, independentemente do que eu fazia, os elementos me rodeavam, sem serem obrigados ou invocados, como se fizessem já parte de mim.
Assim consegui passear livremente no meio de centenas de criaturas/seres/coisas/humanos/vampyro/iniciados/ou o que raio houvesse mais a cirandar por ali.
Comecei a ficar perturbada, embora visse centenas de rostos conhecidos, nenhuns eram os que procurava.
-ZOEY! –berrou alguém, algures entre aquele magota.
Abri caminho para ir ter com ele.
-Erik! –suspirei, aliviada –Mas o que é que se passa? O que está a acontecer?
-Espera, eu explico-te, mas fora daqui!
Ajudei-o furar a multidão, caminhamos imenso até que nos vimos livres de toda a gente.
-O que é que se passa? –inquiri.
-Não tenho bem a certeza. Quando acordei a Neferet e o Blake já tinham fugido, assim como Afrodite. A Stevie Rae também lá estava, confusa e aturdida. Acho que estava confusa por causa de teres aparecido. Perguntei-lhe o que raio era aquilo, e ela contou-me tudo –depois olhou para mim, severamente –Porra Zoey, porque é que não nos contaste?
-Explico depois, era necessário, mas continua.
-Bem, ela fugiu, estava realmente perturbada, e eu corri atrás dela. Quando cheguei cá fora, isto estava assim. Pelo que consegui saber, o Povo-Da-Fé chamou as autoridades e culparam-nos de uma data de coisas –depois acrescentou, com um sorriso –E nós respondemos.
-Não te rias, isto é grave! –fervilhava de raiva, tinha sido ELE. –E a Stevie Rae, disseste que estava perturbada?
-Sim, muito, mas desapareceu quando cheguei cá fora, foi-se embora.
-Oh, por amor da Deusa, o raio da rapariga não podia ficar quieta por dois segundos?!?
Ele riu-se.
-Sabes bem que não.
Suspirei.
-Pois sei.
Depois disso, bastou-me um simples pensamento na terra para conseguir localiza-la, como se se tratasse de um pontinho verde brilhante.
Maravilhei-me com a minha nova capacidade, bastava pensar em algo para os elementos me obedecerem.
-Por aqui –puxei-o por uma manga.
Chegámos rapidamente a um beco escuro.
Ouvi Stevie Rae chorar, baixinho, e corri para junto dela.
-Stevie Rae…-murmurei.
-Deixa-me! –tinha a cara ainda mais encarnada, lavada pelas lágrimas -Se não fosses tu eu não estava assim! Deixa-me ser como sou! Não podes mudar isso!
-Posso –estava mais calma e confiante nisso agora, não sabia bem porquê, mas estava –Posso porque é essa a vontade de Nyx.
-Então porque é que ela me matou?
-Ela não queria, não foi responsável por isso. Eu vou curar-te Stevie Rae, mas tens de me deixar fazê-lo. –Não, não fazia a mais pálida ideia como ou mesmo se dava para fazê-lo, mas o melhor era ela não saber isso.
Assentiu.
-Ok, faz lá a tua magia esquisita depois, agora temos de ir.
-Sim, mas para onde? –perguntou Erik. Já nem me lembrava dele.
Um ronronar suave interrompeu-nos.
Virei-me, instintivamente.
-Lord?!? –perguntei, surpreendida. Isto porque me vinha à cabeça aquilo da falta de ligação entre ele e Alisha. Aquele gato era uma coisa misteriosa.
Fez um gesto fluido com a cauda, esticou-se todo e começou a andar lentamente.
-Espera! –saiu-me.
Mas ele continuou a andar.
-Venham –chamei.
-Z, vais seguir um gato? .perguntou Erik.
-Sim, até eu tenho de concordar que isso é estranho, e o meu corpo está podre. –acrescentou Stevie Rae.
-Limitem-se a vir, OK?
Eles levantaram-se, resignados.
Segui-o por meia dúzia de ruas sombrias e vazias, pois não havia electricidade, até que chega-mos a uma que não estava propriamente vazia.
O vulto de uma mulher segurava uma lamparina, daquelas antigas que funcionam com azeite e que geralmente são vistas apenas nos filmes, junto daquelas videntes decrépitas.
Ao contrario desses filmes, a mulher era jovem e séria, parecia ter cerca de trinta e poucos anos, e um cabelo preto e espesso, comprido. Envergava um vestido longo, mas não pude ver mais devido à nossa distância e à falta de luz.
Nesse momento, Lord deu um pequeno impulso com as patas traseiras, saltou para o colo da mulher e aninhou-se no seu peito.
Já não estávamos muito longe.
-Sabia que virias. –afirmou, com um sorriso triste.

(Próximo capítulo: terça-feira, ás 16h)

10 comentários:

Anónimo disse...

eu acho que está a ficar uma continuação fabulosa...XP escreves muito bem!!!
tenho muita pena que so venham dois capitulos por semana!!XC

Catarina disse...

Sabes que tens o Dom Tina?
Não consigo apontar falhas está mesmo muito bom, acho que a P.C. cast se devia começar a preocupar com a tua concorrência XD
Não te deixes ir abaixo e continua a escrever quem sabe, um dia isto pode ser útil
Parabéns e que Nyx de abençoe :)

rita disse...

adoro mesmo gostei bue... como gostei doa anteriores.:P continua

Tina disse...

Obrigada a todas!
Não tenho a certeza quanto á concorrência =/ Eu acho que sou esmagada de muito longe!
Bjs,
Tina!

Daniela RC disse...

Olá Tina.
Tu sabes bem a minha opinião sobre os teus capítulos: adoro-os, pois sou eu que os publico e falo contigo, mas mais um comentário a dizer que a tua fanfic é inclivel não faz mal nenhum, até agradeces, certo? hihi

Continua a escrever, pois estás a fazer capítulos cada vez melhores.

Adoro!!!

bjs,
Danyela

Tina disse...

Obrigada Danyela!
E não, não me importo com mais um cometário xD
Bjs,
Tina!

Bia disse...

Não tenho palavras, está simplesmente lindo :D

Tina disse...

Obrigada =D
Bjs,
Tina!

Bea disse...

Tina, a tua fic está genial! Por favor continua! Leio-a sempre q há um novo capitulo!
bj

Tina disse...

Obrigada (estou a ficar sem imaginação para agradecimentos xD)
É bom ouvir as vossas opiniões =D
Bjs,
Tina!