Chad Scott
As Gémeas cochichavam entre si qualquer coisa que deduzi ser uma partida a alguém. Damien comia o seu peixe e Jack o mesmo. A mim só me restava olhar para Samantha, Sammy como acho mais querido, como ela. Aquela miúda era fantástica. Longos cabelos que não eram nem lisos nem ondulados, mas que hoje caíam com as pontas encaracoladas, castanhos escuros, olhos azuis penetrantes e profundos, divertida, um bocado tímida, o que a torna misteriosa e sexy ao mesmo tempo, mas muito simpática, simplesmente adoro tudo nela. E quando ela sorri parece que ficamos noutra divisão sozinhos, onde somos só nós.
Eu não costumo ser do tipo de estar apaixonado nem lamechas. Sempre fui o rapaz popular e giro lá da escola, que por mais que as raparigas me digam que me odeiam, querem sempre é curtir comigo. Sim, sou um convencido, sou um bocado orgulhoso e esses defeitos todos, blá, blá, blá…
Sorri para mim a pensar em como ela sorrira quando lhe dei o papelinho com o meu número (sim, tenho sempre um no bolso, alguns aliás, nunca se sabe quantas raparigas giras e cheias de sorrisinhos malandros se atravessam no nosso caminho… Eu disse que era convencido!), em como ficou adorável. Derreti-me todo, aquela miúda tinha uma espécie de super poder para me atrair o olhar para ela
Como se ela se apercebesse do meu olhar fixo nela, olhou para mim
- Algum problema? – perguntou bebendo um gole de água em seguida
- Não, está tudo bem – disse rapidamente. Brinquei um bocadinho com os bagos de arroz que tinha no prato, como costumo fazer sempre que estou noutro mundo
- Hum, Samantha, achas que podemos passar no teu quarto? – perguntou Erin
- Acho que sim mas porquê?
- É porque nos esquecemos lá duma coisa de manhã
- Ah okay, podemos ir agora
- Boa – Erin e Shaunee sorriram uma para a outra com um olhar cúmplice. Arrumámos os tabuleiros e esperámos uns pelos outros
- Bem, vamos? – perguntei. Até tinha uma certa curiosidade em saber como era o quarto dela
Fomos até ao dormitório das raparigas e subimos as escadas. O dormitório era parecido com o dos rapazes, só que o nosso era em tons de cinzento e azul e tinha quadros, mas de vampyros. Entrámos no quarto dela, que me pareceu bastante acolhedor. Consegui distinguir rapidamente o lado da Zoey e o de Samantha, a Sammy ainda não tinha muitos livros. Por curiosidade peguei no horário dela e sorri por saber que íamos ter todas as aulas juntos excepto duas. Enquanto ela tinha dança eu tinha karaté, e ténis enquanto ela tinha equitação.
Vi as Gémeas a retirarem a chave da porta do quarto e a saírem mas já era tarde demais. Elas trancaram-me a mim e à Sammy no quarto dela.
- Divirtam-se! Voltamos daqui nada!
Ouvi Damien dizer-lhe “São tão terríveis!”, ao que elas responderam-lhe “Eles amam-se, só precisam de perceber isso” Sorri para mim com o meu típico sorriso de convencido
-Muito bem, o que foi isto? – perguntou-me Sammy
- Trancaram-nos aqui – respondi enquanto enfiava as mãos nos bolsos das calças e me sentava na sua cama
- A sério? É que eu pensava que tínhamos ganho asinhas e começado a voar pelo céu nocturno de Tulsa!
- Ná… um amigo meu foi Marcado há alguns anos… Os vampyros não voam
- Não é altura para brincadeiras, Chad!
- Porque é que estás tão stressada?
- Estamos trancados no meu quarto!
- E…?
- E… E… E… e é isso! Estou aqui trancada no meu próprio quarto!
- Então vamos fazer qualquer coisa enquanto esperamos, ou então podes sempre atirar-te janela abaixo e comprovar se voas…
- Que boa ideia, mas posso atirar-te a ti primeiro, para o caso de eu não voar?
- E que tal fazermos um jogo? Ando sempre com um dado ao pescoço, é tipo colar da sorte – tirei-o e pu-lo em cima da cama, depois fiz sinal para a Sammy se sentar ao meu lado – O número que calhar é o número de perguntas que cada um pode fazer ao outro seguidas. Têm todas de ter resposta, e nada de respostas do tipo “Porque sim, porque não”
Ela franziu o sobrolho mas depois veio sentar-se ao pé de mim a sorrir – pensava que dois dados juntos é que davam sorte…
- Que podemos dizer? Cada maluco com a sua mania…
- Okay, quem começa?
- Tu – Sammy pegou no dado e lançou-o
- Quatro, é bom… Então… Deixa cá ver… És tarado?
- Não!
- Convencido?
- Um bocado
- De onde vens?
- Oklahoma City
- Solteiro?
- Por enquanto. Fim da tua vez. Dá-me o dado – lancei-o – Não se pode ter sorte a tudo… - suspirei, a olhar para as duas pintas da face que tinha ficado para cima
-Comprometida?
- Por enquanto não – sorri e ela corou um bocado
- Idade?
- Dezasseis e meio. Fim da tua ronda, o dado – ela lançou-o e eu fiquei como parvo. Seis
- Tu viciaste o dado! – disse eu na brincadeira
- Se eu tivesse viciado, ou se eu o soubesse fazer, acho que te daria os mesmos números a ti que me dá a mim
- Inteligente… Gosto disso – sorri para ela
- Como foi a tua última namorada?
- Cabelo castanho, pele clara, olhos verdes, líder de claque, convencida, e bastante oferecida – respondi, o jogo era o jogo
- Porque é que acabaram?
- Eu fartei-me de ela ser uma pega e ela passou-se quando fui Marcado, como toda a gente que conhecia
- Porque estamos a jogar isto?
- Para te conhecer melhor – aproximei-me um bocado
- Porque tens os olhos tão abertos?
- Para te ver melhor
- E porque é que as tuas mãos estão a avançar?
- Para te poder abraçar
- Olha lá, isto é alguma espécie de encenação do ‘Capuchinho Vermelho’?
- Acabaram-se as perguntas, o dado por favor
- És mesmo parvo – desviou o seu olhar de mim
- Há quem goste… - ela olhou-me repentinamente com uma cara claramente a dizer ‘Quem?!’. Sorri
-Ah, Ah, cinco, nada mau. O teu último namorado?
- Convencido mor do reino dos convencidos. Estúpido, parvo, idiota, traidor…
- Quando acabaram?
- Três meses
- Ele era cego?
- Não que eu soubesse
- Então porque é que te deixou escapar?
- Mentalidade do tamanho de uma ervilha ressequida. Última pergunta
- Queres andar comigo? – eu disse que era convencido
Ela não respondeu limitou-se baixar o olhar e a pensar – Sinceramente, não gosto de andar, prefiro correr, dá para sentir o vento nos cabelos e ajuda-me com a minha resistência
Passei-lhe o dado. Uma pergunta
- Praticas desporto?
- Cinturão negro em karaté, campeão regional de ténis
- Vai um combate?
- Ah, Ah, isso são duas perguntas, agora tenho de ter uma a mais… - disse
- Oh vá lá!
- Não
Abanei o dado nas minhas mãos e lancei-o. Três
- O que é aquilo? – apontei para o seu armário e para o que estava entalado na porta
- Oh santo deus, quer dizer, santa deusa!
- O que foi?
- O meu fato de ballet! Vai ficar amarrotado! – agradou-me a ideia de ela praticar ballet. Gostava de a ver dançar um dia
- E agora?
- Foi a tua última pergunta. Agora tenho de tentar pô-lo bem. – Ela tirou do roupeiro o seu fato. Era lindo e apostava os meus cinquenta dólares que tinha no mealheiro em como ela ficava deslumbrante com ele. Meias brancas, uma daquelas saias esquisitas vermelha escarlate e um corpete a misturar as duas cores e prateado reluzente
- É especial?
- Ganhei a última competição que houve com ele.
- É giro… E aposto que com ele vestido ficas fantástica
- Se isso é um convite a vesti-lo, não obrigada
- Só eu é que perco mas pronto… - suspirei. Sammy riu-se baixinho
3 comentários:
cada vez gosto + desta fanfic =P faz m sempre rir knd a leio xD
...sinceramente n sei kem é o autor ou autora e peço desculpa por isso, mas agradecia k n parasse d xkrever ^^
boa sorte
uma pergunta: não vão postar capitulo da Confused?? O_O
BiiGuerra: A fanfic não nos foi enviada, por isso é que não foi postada...
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