Bem pessoal, a Tina mandou-nos uma versão dela da continuação de Traída. Espero que gostem.
Mas atenção: ainda é só o primeiro capítulo.
Capítulo 1: Reviver
Estava sozinha. Não propriamente sozinha visto que estava rodeada de lindas borboletas esvoaçantes e uma ou outra abelha – mas de resto estava sozinha.
O prado em que me encontrava era lindo: a erva macia enterrava-me até aos joelhos (não, não era daquela erva que corta – era a erva mais macia que alguém pode alguma vez imaginar), e o descampado estendia-se para todos os lados.
De repente, avistei uma figura. O vulto parecia saltar por cima da erva ondulante, vindo até mim.
O vulto chegou perto de mim mais rápido que o próprio tempo.
Sorri quando o reconheci.
-Olha Zo! –Disse Stevie Rae, acabada de aparecer – Olha o que eu fiz!
Sorri-lhe.
-É maravilhoso! –respondi eu.
-Pois é! O que é que achas Erin?
-Pft! Olha para esta erva toda! –disse Erin, mal escondendo um sorriso.
-Concordo gémea! –Concordou Shaunee – Faz comichão e é desnecessária!
E começaram ás gargalhadas.
Olhei para trás –Erin e Shaunee estavam a rir, mesmo atrás de mim. Damien e Jack riam também, ao lado de Erin. Erik estava ao lado de Shaunee com um sorriso que dizia mesmo: “Há de ser sempre assim!”, sorri-lhe também.
-Zo?
-Diz?
-Agora quero neve!
-Neve?
-Sim! A neve é magica!
E assim, sem ligar ao facto de o pedido dela ser completamente absurdo, concentrei-me no fogo.
-Fogo. Peço-te que condenses a água e que a guardes junto a ti!
Senti-me incandescente enquanto milhares de litros de agua pareciam ser erguidos dos seus leitos -não me senti cansada.
De seguida, concentrei-me na água.
-Água. Agora erguida pelo fogo, peço-te que formes as mais belas e fofas nuvens!
Toda a água que tinha subido aos céus, passou a juntar-se numa enorme (e fofa) nuvem.
Depois o ar.
-Ar. Peço-te que sopres a nuvem para junto de mim!
O céu escureceu, repentinamente, encima de nós.
Agora o espírito.
-Espírito. Peço-te que dês a cada um destes flocos de neve uma forma… Simplesmente fantástica? –Hesitei.
Maravilhosos flocos de neve de todas as formas –desde pequenos quartos minguantes a insígnias de quartanistas, começaram a cair.
“Oh, terra!” lembrei-me.
-Terra. Peço-te que absorvas a nossa neve, para que possamos aprecia-la sem ficar soterrados!
E assim nevou.
Passamos horas (ou apenas alguns minutos) a brincar naquela neve maravilhosa. Shaunee atirou uma grande bola de neve, que demorara cerca de 10 minutos a fazer, mesmo ao centro da minha cara – Desviei-me no ultimo segundo, deixando Shaunee a bufar e a olhar para o sitio no qual a sua “perfeita” bola de neve aterrara.
Damien e Jack jogavam um contra o outro: Damien atirou um pedaço de neve a Jack que se baixou, a fim não só de se esquivar, mas como de apanhar um punhado de neve para atirar a Damien, que levou com ela mesmo no peito, e se começou a rir. Faziam mesmo um bom casal, embora soubesse que nenhum deles dava mais um passo, o que era completamente absurdo, visto que era obvio que se amavam. Ás vazes só me apetecia gritar “Por amor da Deusa! Se vocês continuarem assim eu hei-de colar as voss…”
-Quem ri por ultimo, é quem ri melhor! –Sibilou Shaunee , enfiando-me um bocado de neve para dentro do casaco que só agora me apercebia de ter vestido.
O frio escorregava pelo meio das minhas costas, embora a sensação de frio não fosse nada de grave, o meu lindo casaco de camurça estava a ficar todo manchado!
Virei-me para a encarar, e foi quando percebi que algo estava mal –Stevie Rae não estava a participar na luta.
Vi-a pelo canto do olho, ajoelhada a cerca de 7 metros de mim. Corri até ela.
-Stevie Rae, estás a perder a luta! E olha que eu não fui invocar esta neve toda para…
Calei-me.
Stevie Rae estava a vomitar. Não o tipo de vomitado normal, mas sim um liquido brilhante e… carmesim.
Fiquei petrificada.
-Stevie Rae? Por favor?!? Diz-me que não!
-Zo?? –a voz dela era monocórdica – Ficas comigo?
-Não!
Os seus olhos retesaram-se –magoara-a.
-Não! –repeti- Não fico porque tu não estás a morrer! Tu estás comigo! Numa guerra de neve, lembras-te?
-Zo?? Fica comigo…
-Fico! Prometo! Eu fico!
-Boa. –a voz estava mais fraca. O sangue saia-lhe de todos os buracos do corpo.
-Stevie…
-Olha como é bonito! –A voz era quase como um sussurro – Morrer assim Zo. No meio da neve! A neve é magica!
-É!
-A neve á magica… -repetiu, a voz diminuía á medida que as palavras escoavam, e eram as ultimas –eu sabia porque já tinha visto aquilo antes, e não queria (raios!) mesmo vê-lo outra vez! –A neve… É magica.. Pois, é… Magica…
O som da ultima nota pairou no ar por alguns segundo e desfaleceu no ar.
A minha choradeira aumentou.
Abracei o seu corpo inerte, na esperança de lhe transmitir alguma vida do meu, mas ao aperta-la com mais força, apercebi-me de que ele tinha desaparecido.
Olhei para trás.
Shaunee, Erin, Damien, Jack e Erik tinham desaparecido –só restava eu e aquele campo desolado, que já não parecia amistoso –a neve era fria e dura, algumas das borboletas que permaneciam –magicamente - a voar no campo eram agora pobres bichos perdidos, as abelhas não eram mais que seres banidos e a falta de montes não era algo bonito e confortante, mas sim um terrível descampado que era tudo menos acolhedor.
Não, o mundo não mudara, só que os meus olhos não viam como outrora, e a minha vida era apenas e simplesmente um monte de desgraças sem resolução.
-Stevie Rae… Porquê? –perguntei para o vazio – PORQUÊ?!?
Acordei, sobressaltada.
“1, á duas semanas; mais aqueles 3 na 4ª, 5ª e 6ª dessa mesma semana; os outros 5 na semana passada e os 2 na 2ª e na 4ª, hoje é sábado então… Foram 11 em apenas 3 semanas!” conclui. Francamente aqueles pesadelos davam comigo em doida!
Olhei para o relógio do Elvis que a mãe de Stevie Rae concordara em deixar na Casa da Noite, para que eu a recordasse.
O relógio marcava claramente “3h 34m”.
Suspirei.
Não conseguia dormir uma noite inteira sem ser interrompida por aquele ou qualquer outro pesadelo –simplesmente era assim, e depois não adormecia, nunca.
Levantei-me num gesto hábil e quase ensaiado de todos os dias, e o meu estômago virou-se ao contrario quando olhei para cama vazia de Stevie Rae.
Sim, ela já tinha falecido á três semanas (que mais pareciam ter sido três anos), mas aquele pensamento ainda me atormentava, “Stevie Rae morta” pensei, o meu estômago deu uma segunda volta.
Fui até ao armário, tirei as calças do pijama azul e vesti umas de ganga muito escuras e justinhas, enfiei as meias e já estava a calçar o meu segundo Puma preto quando decidi –ia aos estábulos. E recomecei a despir-me.
Já despachada daquela tarefa desci as escadas, com Nala a bufar atrás de mim por ter sido arrancada da cama mais cedo.
Na sala de convívio só estavam duas raparigas: Charlotte Gonzalez, uma quintanista alta, com corpo de modelo (não é que apreciar raparigas seja o meu forte, mas ela era mesmo o tipo de rapariga pelo qual os rapazes se iam babar) olhos azuis e cabelo castanho ondulado –pelo que sabia Charlotte era excelente em línguas e adorava escrever, mas tinha hábitos muito nocturnos (ou devo dizer, diurnos?) pelo que só nos víamos quando ela decidia não se deitar ás quatro e meia da manhã ou quando acordava mais cedo – e Katie Blue, uma terceiranista com quem eu só trocara palavras como “sim”, “não”, “obrigado”, “desculpa” e “passa ai essa caixa de Count Chocula, por favor”, era uma rapariga baixa, loira platinada e magra (não me perguntem a cor dos olhos!) e parecia ser simpática.
Segui caminho até á cozinha murmurando um “olá” quando passava por elas. Charlotte não me respondeu pois estava absorta em qualquer coisa como “A Importância da Gorgone no Mundo dos Vampyros” .
-Parola dos livros –resmunguei.
Tirei uma tigela da maquina de lavar e um pacote de leite do frigorifico, depois abri o armários com os cereais de pequeno-almoço e tirei os meus favoritos “Count Chocula”.
Fui comer para a sala onde me sentei no sofá em que Katie estava, a ver uma repetição de “America´s Next Top Model”.
Quando acabei fui até á cozinha e recoloquei a tigela na máquina, mas desta vez numa vazia, e preparei-me para sair para aquela chuva grossa que tomara o lugar da neve.
Mas atenção: ainda é só o primeiro capítulo.
Capítulo 1: Reviver
Estava sozinha. Não propriamente sozinha visto que estava rodeada de lindas borboletas esvoaçantes e uma ou outra abelha – mas de resto estava sozinha.
O prado em que me encontrava era lindo: a erva macia enterrava-me até aos joelhos (não, não era daquela erva que corta – era a erva mais macia que alguém pode alguma vez imaginar), e o descampado estendia-se para todos os lados.
De repente, avistei uma figura. O vulto parecia saltar por cima da erva ondulante, vindo até mim.
O vulto chegou perto de mim mais rápido que o próprio tempo.
Sorri quando o reconheci.
-Olha Zo! –Disse Stevie Rae, acabada de aparecer – Olha o que eu fiz!
Sorri-lhe.
-É maravilhoso! –respondi eu.
-Pois é! O que é que achas Erin?
-Pft! Olha para esta erva toda! –disse Erin, mal escondendo um sorriso.
-Concordo gémea! –Concordou Shaunee – Faz comichão e é desnecessária!
E começaram ás gargalhadas.
Olhei para trás –Erin e Shaunee estavam a rir, mesmo atrás de mim. Damien e Jack riam também, ao lado de Erin. Erik estava ao lado de Shaunee com um sorriso que dizia mesmo: “Há de ser sempre assim!”, sorri-lhe também.
-Zo?
-Diz?
-Agora quero neve!
-Neve?
-Sim! A neve é magica!
E assim, sem ligar ao facto de o pedido dela ser completamente absurdo, concentrei-me no fogo.
-Fogo. Peço-te que condenses a água e que a guardes junto a ti!
Senti-me incandescente enquanto milhares de litros de agua pareciam ser erguidos dos seus leitos -não me senti cansada.
De seguida, concentrei-me na água.
-Água. Agora erguida pelo fogo, peço-te que formes as mais belas e fofas nuvens!
Toda a água que tinha subido aos céus, passou a juntar-se numa enorme (e fofa) nuvem.
Depois o ar.
-Ar. Peço-te que sopres a nuvem para junto de mim!
O céu escureceu, repentinamente, encima de nós.
Agora o espírito.
-Espírito. Peço-te que dês a cada um destes flocos de neve uma forma… Simplesmente fantástica? –Hesitei.
Maravilhosos flocos de neve de todas as formas –desde pequenos quartos minguantes a insígnias de quartanistas, começaram a cair.
“Oh, terra!” lembrei-me.
-Terra. Peço-te que absorvas a nossa neve, para que possamos aprecia-la sem ficar soterrados!
E assim nevou.
Passamos horas (ou apenas alguns minutos) a brincar naquela neve maravilhosa. Shaunee atirou uma grande bola de neve, que demorara cerca de 10 minutos a fazer, mesmo ao centro da minha cara – Desviei-me no ultimo segundo, deixando Shaunee a bufar e a olhar para o sitio no qual a sua “perfeita” bola de neve aterrara.
Damien e Jack jogavam um contra o outro: Damien atirou um pedaço de neve a Jack que se baixou, a fim não só de se esquivar, mas como de apanhar um punhado de neve para atirar a Damien, que levou com ela mesmo no peito, e se começou a rir. Faziam mesmo um bom casal, embora soubesse que nenhum deles dava mais um passo, o que era completamente absurdo, visto que era obvio que se amavam. Ás vazes só me apetecia gritar “Por amor da Deusa! Se vocês continuarem assim eu hei-de colar as voss…”
-Quem ri por ultimo, é quem ri melhor! –Sibilou Shaunee , enfiando-me um bocado de neve para dentro do casaco que só agora me apercebia de ter vestido.
O frio escorregava pelo meio das minhas costas, embora a sensação de frio não fosse nada de grave, o meu lindo casaco de camurça estava a ficar todo manchado!
Virei-me para a encarar, e foi quando percebi que algo estava mal –Stevie Rae não estava a participar na luta.
Vi-a pelo canto do olho, ajoelhada a cerca de 7 metros de mim. Corri até ela.
-Stevie Rae, estás a perder a luta! E olha que eu não fui invocar esta neve toda para…
Calei-me.
Stevie Rae estava a vomitar. Não o tipo de vomitado normal, mas sim um liquido brilhante e… carmesim.
Fiquei petrificada.
-Stevie Rae? Por favor?!? Diz-me que não!
-Zo?? –a voz dela era monocórdica – Ficas comigo?
-Não!
Os seus olhos retesaram-se –magoara-a.
-Não! –repeti- Não fico porque tu não estás a morrer! Tu estás comigo! Numa guerra de neve, lembras-te?
-Zo?? Fica comigo…
-Fico! Prometo! Eu fico!
-Boa. –a voz estava mais fraca. O sangue saia-lhe de todos os buracos do corpo.
-Stevie…
-Olha como é bonito! –A voz era quase como um sussurro – Morrer assim Zo. No meio da neve! A neve é magica!
-É!
-A neve á magica… -repetiu, a voz diminuía á medida que as palavras escoavam, e eram as ultimas –eu sabia porque já tinha visto aquilo antes, e não queria (raios!) mesmo vê-lo outra vez! –A neve… É magica.. Pois, é… Magica…
O som da ultima nota pairou no ar por alguns segundo e desfaleceu no ar.
A minha choradeira aumentou.
Abracei o seu corpo inerte, na esperança de lhe transmitir alguma vida do meu, mas ao aperta-la com mais força, apercebi-me de que ele tinha desaparecido.
Olhei para trás.
Shaunee, Erin, Damien, Jack e Erik tinham desaparecido –só restava eu e aquele campo desolado, que já não parecia amistoso –a neve era fria e dura, algumas das borboletas que permaneciam –magicamente - a voar no campo eram agora pobres bichos perdidos, as abelhas não eram mais que seres banidos e a falta de montes não era algo bonito e confortante, mas sim um terrível descampado que era tudo menos acolhedor.
Não, o mundo não mudara, só que os meus olhos não viam como outrora, e a minha vida era apenas e simplesmente um monte de desgraças sem resolução.
-Stevie Rae… Porquê? –perguntei para o vazio – PORQUÊ?!?
Acordei, sobressaltada.
“1, á duas semanas; mais aqueles 3 na 4ª, 5ª e 6ª dessa mesma semana; os outros 5 na semana passada e os 2 na 2ª e na 4ª, hoje é sábado então… Foram 11 em apenas 3 semanas!” conclui. Francamente aqueles pesadelos davam comigo em doida!
Olhei para o relógio do Elvis que a mãe de Stevie Rae concordara em deixar na Casa da Noite, para que eu a recordasse.
O relógio marcava claramente “3h 34m”.
Suspirei.
Não conseguia dormir uma noite inteira sem ser interrompida por aquele ou qualquer outro pesadelo –simplesmente era assim, e depois não adormecia, nunca.
Levantei-me num gesto hábil e quase ensaiado de todos os dias, e o meu estômago virou-se ao contrario quando olhei para cama vazia de Stevie Rae.
Sim, ela já tinha falecido á três semanas (que mais pareciam ter sido três anos), mas aquele pensamento ainda me atormentava, “Stevie Rae morta” pensei, o meu estômago deu uma segunda volta.
Fui até ao armário, tirei as calças do pijama azul e vesti umas de ganga muito escuras e justinhas, enfiei as meias e já estava a calçar o meu segundo Puma preto quando decidi –ia aos estábulos. E recomecei a despir-me.
Já despachada daquela tarefa desci as escadas, com Nala a bufar atrás de mim por ter sido arrancada da cama mais cedo.
Na sala de convívio só estavam duas raparigas: Charlotte Gonzalez, uma quintanista alta, com corpo de modelo (não é que apreciar raparigas seja o meu forte, mas ela era mesmo o tipo de rapariga pelo qual os rapazes se iam babar) olhos azuis e cabelo castanho ondulado –pelo que sabia Charlotte era excelente em línguas e adorava escrever, mas tinha hábitos muito nocturnos (ou devo dizer, diurnos?) pelo que só nos víamos quando ela decidia não se deitar ás quatro e meia da manhã ou quando acordava mais cedo – e Katie Blue, uma terceiranista com quem eu só trocara palavras como “sim”, “não”, “obrigado”, “desculpa” e “passa ai essa caixa de Count Chocula, por favor”, era uma rapariga baixa, loira platinada e magra (não me perguntem a cor dos olhos!) e parecia ser simpática.
Segui caminho até á cozinha murmurando um “olá” quando passava por elas. Charlotte não me respondeu pois estava absorta em qualquer coisa como “A Importância da Gorgone no Mundo dos Vampyros” .
-Parola dos livros –resmunguei.
Tirei uma tigela da maquina de lavar e um pacote de leite do frigorifico, depois abri o armários com os cereais de pequeno-almoço e tirei os meus favoritos “Count Chocula”.
Fui comer para a sala onde me sentei no sofá em que Katie estava, a ver uma repetição de “America´s Next Top Model”.
Quando acabei fui até á cozinha e recoloquei a tigela na máquina, mas desta vez numa vazia, e preparei-me para sair para aquela chuva grossa que tomara o lugar da neve.
1 comentário:
Oi!
Adorei! Gosto de seguir FanFics como estou a seguir o Wrong, e achei lindo os 2 primeiros capitulos!
:D
Amo fanfics: assim fico entretida enquanto o outro livro não sai!
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