Fanfic: Forgiven - 28º Capitulo

- Acorda Zoey
- Hum… - resmunguei
- Acorda – disse Sam abanando-me
- Que horas são? – sentei-me num pulo, que a assustei
- Horas de te levantares. O teu despertador já tocou há algum tempo, despacha-te se queres que espere por ti, eu vou lá para baixo
- Obrigada, vou-me despachar. – Saltei da cama e escolhi a roupa. Tomei um duche penteei-me, vesti-me e pus a minha maquilhagem do costume: lápis esbatido nos olhos e gloss. Fui até ao quarto e fiz a minha cama – Que dia é hoje mesmo?
- Hum… Quinta acho eu – respondeu Loren que se materializara na minha cadeira
- Quase fim de semana… É positivo…
- Bem… ouvi dizer que domingo vai haver espectáculo
- como assim?
- Ah… Tu não sabes…
- Quer-me parecer que vou saber… - disse lançando um olhar ‘Conta!’
- Se for surpresa mete mais piada
- Oh, pronto, eu só não vou discutir isso porque não me apetece chegar atrasada. Espera, risca isso, é aula com a Neferet bem que me apetecia não ir…
-Mas vais
- Lá terá de ser… - descemos as escadas. Eu juntei-me às raparigas para tomar o pequeno-almoço (mais um mínimo almoço, já que apenas bebi um copo de leite e mordisquei uma bolacha de chocolate


- E não se esqueçam de entregar o trabalho daqui a duas semanas – disse Neferet quando soou o toque de saída. A aula fora como todas as outras, entediante, quer dizer hoje estudámos a ‘Família’ de Nyx, quero com isto dizer os outros Deuses de origem grega. Houve um que me despertou especial atenção pela sua crueldade: Chronos, pai de Zeus, teve seis filhos e devorou-os a todos quando nasceram só para não perder o seu trono de Deus dos Deuses. Achei esta atitude imensamente desumana, mesmo já não sendo uma. A parte entediante foi ter de olhar para a cara da Neferet, está claro. O trabalho de pares que nos tinha dado era fazer uma espécie de árvore genealógica dos deuses gregos e situar Nyx nessa árvore e explicar as razões para ser ela a nossa Deusa e não outro qualquer. Claro que Heath foi o primeiro a escolher o par: eu. Mas até nem estava mal com essa decisão.
Ao contrário de ontem, hoje até prestei atenção nas aulas teóricas, e consegui apanhar a matéria que demos em Literatura ontem. Em esgrima adicionámos novas técnicas ao nosso combate, nas quais me atrapalhei e caí redonda de rabo no chão algumas vezes, despertando gargalhadas dos que estavam à minha volta. Por fim, e já sem sentir o rabo lá consegui aguentar-me de pé. O almoço foi passado a rir a bandeiras despegadas com as últimas novidades que as Gémeas traziam.
- Hoy van a hacer un examen sorpresa – disse a professora de espanhol ao entrar na sala. Toda a turma ficou com ar desagradado. Apenas demorei praticamente metade da aula a fazer o teste, o resto da aula passei-a a olhar para a noite lá fora. O céu estava com algumas nuvens, a lua brilhava num quarto crescente quase cheio que se destacava no escuro. Ouvia-se o vento a passar nas árvores e por vezes senti que estava a chuviscar. Tocou para sair e fui até aos estábulos com Heath
- Costumas fazer sempre isso antes da aula? – perguntou-me Heath encostado à entrada da cocheira
- Sim, costuma relaxar-me – respondi, continuando a escovar Perséfone – Porque não te aproximas? – Heath aproximou-se de mim e da égua, mantendo-se mais junto a mim – Calma, ela não morde – Peguei-lhe na mão e levei-a ao focinho de Perséfone, começando a fazer-lhe festas com a mão de Heath. Olhei para ele e sorri, respondendo ao seu sorriso de menino fofo.
- Sim… É relaxante… - tocou para a última aula – Vemo-nos logo – deu-me um beijinho na testa e saiu dos estábulos
- Muito bem turma, já sabem o que têm a fazer! Depois vistam-se, hoje vamos montar, mas não é aqui. Vamos sair da Casa da Noite para aquela pequena mata que está aqui ao lado, por isso despachem-se! – disse Lenóbia ao entrar nos estábulos – Zoey, vais atrás, eu vou à frente
- Okay Lenóbia – acabei de limpara a cocheira, vesti as calças e calcei as botas de montar, coloquei a cela a Perséfone e montei. Encaminhei a égua para a saída, para junto do grupo. Saímos da escola por um pequeno portão na parte detrás. Andar naquela pequenina mata atrás da escola foi uma experiência assustadora: para piorar eu ia atrás. Passo a explicar: no início tudo bem, mas depois fomos andando mais e mais e comecei a sentir uma sensação esquisita, um mau pressentimento. E foi então que me assustei a sério, a meu lado parecia que uma figura se materializara, um homem, intemporal, vestido com aquelas túnicas gregas, e com uma coroa de folhas na cabeça, a olhar fixamente para mim. “Zoey… Porque não fazes como ela e me segues?” O seu pensamento ouviu-se na minha cabeça. Assustei-me e caí da égua. Como, não sei, mas o meu capacete estava desapertado e escorregou-me da cabeça na queda. Senti-me a desmaiar.
-Ela está a acordar – Ouvi uma voz familiar.
Abri os olhos e reconheci, em primeiro o cheiro a cavalo e a palha, depois a minha vista focou-se e vi um monte de pessoas à minha volta: Heath, Lenóbia, as Gémeas, Sam e Damien
Tentei levantar-me mas uma pontada nas costas fez-me desistir da ideia
- Chhh, fica quieta, deves ter uma lesão qualquer nas costas, vou levar-te para a enfermaria – disse Heath, pegando-me ao colo, e fazendo-me gemer de dor de costas – vá isto já passa, é só um bocadinho – ele começou a andar a passo largo. Senti que Lenóbia vinha atrás de nós mas que vinha só ela. Depois de me porem um gel para a dor e me enrolarem as costas numa ligadura que me passava à volta da barriga. Lenóbia ficou uns cinco minutos a dar-me indicações sobre como poderia melhorar as dores para desaparecerem, mas eu disse que pediria ajuda aos elementos. Depois disso, Heath ajudou-me a ia para o quarto
- Obrigada… - disse – quanto tempo estive desmaiada?
- Para aí meia hora… Caíste mesmo no final da aula, assim que me disseram, vim a correr ter contigo… Não sabes o susto que me pregaste!
- Não era minha intenção
- Mas porque é que caíste?
- Assustei-me e escorreguei da cela
- Hum… Uma desculpa muito convincente
- É verdade! Auch… - gemi com o movimento
- Cheira-me que vais ter que ficar quieta por uns tempos, eu vou lá abaixo buscar-te uma sopa, tens de comer
- Okay, eu vou contigo
- Que parte de ficar quieta não percebes?
- A parte do ficar e do quieta
- Vais aprender
- Pois… imagino que sim… - escorreguei lenta e cuidadosamente na cama e recostei-me. Nala saltou para o meu colo e pus me a fazer-lhe festas – É estranho estar assim tão próxima do Heath outra vez… E ainda por cima ele está a levar as coisas com calma…
- Miauf! – resmungou Nala espirrando de seguida
- Pois, eu sei, ele é muito giro, e já tivemos um passado, o que torna um pedacinho impossível a nossa atracão…
- Mesmo? – perguntou entrando no meu quarto com um tabuleiro com duas sopas e duas colas. Corei

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