Poema de Paula Rebola

Olá Filhos e Filhas das Trevas!


Trago-vos um novo poema da Paula Rebola. Aqui vai:


Caminhando

Vagueando andava eu
Pela praia à beira mar
Contemplando a lua cheia
Reluzente ela estava.

Distraída estava
Mergulhada em meus pensamentos
Apenas a lua me contemplava.

Parei e deitei-me
Na areia macia e húmida
Contemplando a linda lua que estava.

De repente me levantei
Ao sentir o doce aroma
Muito meu conhecido
De repente ter surgido no ar.

Olhei em redor
Nada vi,
Voltei a caminhar à beira mar.

Mais à frente
Deparei-me com um vulto
Caído na areia estava
Sendo empurrado pelas ondas
E o doce aroma mais forte ficara.

Corri para junto do vulto
Para ver o que era,
Deparei-me com um humano
Ferido estava
Delirando com febre estava
"Monstro" gritou ele.

Recuei um passo
Impossível a mim referir-se
Pois seus olhos mal abria,
E posso garantir
Por ser Vampira
Monstro não sou.

Puxei pelo telemóvel
Para ajuda pedir,
Enquanto ela não chegava
Meu casaco despi
E sobre ele o coloquei.

Sua cabeça em meu coloquei
Esvaindo em sangue estava
Contra meu instinto lutei
Pois monstro não sou.

Por fim, a ajuda chegou
Para o hospital o levaram
E lá dele cuidaram.

Dias depois saiu
Recuperado estava,
Na praia me reencontrou
Mesmo sem saber quem eu era.

A mim agradeceu
Por sua vida salvar,
Antes de lhe virar as costas:
"Monstros não existem
Apenas seres diferentes"
E no meio da noite desapareci.


Que Nyx vos abençoe!

1 comentário:

Anónimo disse...

muito bom!! parabens!