The Vampire kiss

Feliz encontro Filhas e Filhos das Trevas!

O nosso querido Vitor está neste momento a escrever um conto sobre vampiros. Para vos fazer crescer água na boca deixo-vos a introdução e o primeiro capitulo xD quem quiser acompanhar o conto basta ir a The vampire kiss blog e terá um novo capitulo todas as quartas feiras às 9:30h.


"Por quanto mais tempo ia estar a fingir? A pressão afundava-se cada vez mais nas minhas presas, juntamente com o sangue que fluía por entre os meus lábios. Cada gota me trazia mais força e mais desejo de querer mais. Fui sugando lentamente o sangue, como se estivesse a beber água. A minha garganta chamava pelo sangue. Chamava para apenas o sentir deslizar por si abaixo. Era como uma droga. Viciamo-nos muito facilmente e quando tentamos uma primeira vez, nunca mais paramos. Eu era assim. Aquela criatura horrenda era mesmo eu. Só então descobrira quem eu era realmente. Um monstro a caminhar na terra. Um bebedor de sangue. Um vampiro."



Capitulo 1 - Drew

O olhar penetrante da vítima que eu devorava lançou-se sobre mim. Ver os seus olhos perderem a densidade da cor, até ficarem numa simples mistura de branco, parecida com uma névoa. Quando reparei, a vida já tinha deixado o seu corpo e a sua alma não residia ali mais. Já me havia alimentado o suficiente para aguentar mais alguns dias, antes que a fome invadisse de novo a minha garganta. Muita coisa havia mudado, mas não tinha passado tanto tempo quanto isso. A minha personalidade mudara tão rapidamente de um momento para o outro que, por vezes, nem me reconhecia a mim próprio. Mas a única verdade que estava ciente agora era que eu me tinha tornado num sugador de sangue. Isso e só isso.
- Devias ter mais cuidado.
Larguei o corpo que caiu rapidamente no chão, estendendo-se por entre as pedras da estrada que a constituíam. Virei-me e vi o Maxwell encostado a uma esquina, observando-me atentamente. Visualizava cada movimento meu e eu percebera logo o que é que ele estava a tentar fazer.
- O que é que queres? – Disse-lhe chateado. – Não sei se reparaste mas estou ocupado.
Desencostara-se da parede e começou a vir na minha direcção, mantendo o olhar pregado a mim. De certeza que já ia ouvir da boas. Ele está sempre a fazê-lo. Começa a tornar-se num problema diário, o que me costuma aborrecer imensas vezes.
- Outra vez a beber sangue? Eu não te disse para tomares a medicação? – Aquilo quase que nem parecia pergunta, da maneira como falava. Mas notei que era bastante óbvio devido ao tom de voz que usara.
- Aquilo sabe a terra. Não os quero e acabou. Nem sei como é que aguentas. – Respondi enojado, só de imaginar a porcaria daqueles comprimidos.
Criaturas como nós, vampiros, tomavam uma medicação essencialmente criada para nós consumirmos, a fim de evitar o nosso “descontrolo” ao sentir o sangue tão perto de nós. Ajuda também a livrar a nossa sede por sangue, o que não era normal devido à nossa própria natureza. Muitos aceitavam a condição de os tomar. Outros nem tanto. Porém, havia alguns que puramente os rejeitava e punha-se a caçar durante a noite só para matarem a dor que as suas gargantas lhes afligiam. Admito que não era mau de todo cravar as presas num pescocinho de vez em quando. E sentir aquele líquido flamejante a percorrer a minha boca e a deslizar para dentro dela. Era uma viciante sensação. Todos o desejavam, embora tentassem lutar contra isso como se tivessem a provar algo ao mundo.
- Consegui habituar-me. Após uns meses, o corpo começa a adequar-se às substâncias fornecidas. – Disse ele, enquanto ajeitava o seu casaco de cabedal preto. – Agora vamos ter que ver como é que vamos resolver este problema. Matares um humano e ainda por cima à noite vai chamar a atenção das pessoas.
- E então? Matamo-las a todas e ficam logo caladinhas. – Disse já excitado com a ideia.
Maxwell olhou-me de soslaio e os seus olhos mudaram para uma expressão que não demonstrava felicidade. Metia medo, isso é certo.
- Calma. Estava apenas a brincar. – Ri-me ao dizer aquilo. Metia piada enfurecê-lo. Era um dos meus passatempos, quando não costumava dar nada de jeito na televisão. – Levas tudo a mal. Até parece que eu ia mesmo fazer aquilo. – Sentia-me tentado, mas não ia desautorizá-lo.
O seu olhar voltou a ficar calmo, embora estivesse já a prever que algo me ia acontecer mais tarde.
- Não me enfureças. Se eu te apanho de novo a caçar, nem sabes o que te faço. – A sua voz soava forte, mas normal.
Conseguia meter respeito em qualquer com apenas um aviso. Mas também é simpático, quando ninguém se mete com ele. Preocupa-se muito com os outros. Então comigo nem se fala. Só por me descontrolar um bocado quando sinto o cheiro a sangue fresco, começa a dar-me na cabeça ou a dar-me comprimidos. Por vezes, até os injectava no meu braço, caso fosse realmente necessário.
- Já percebi. – Respondi afirmativamente.
- É bom que entendas. Agora vais ajudar-me a carregar aquele corpo, não vá ninguém dar com ele e começar um escândalo digno de notícias. E vê se limpas o sangue da tua boca.
Fiz o que me pedira e limpei o resto de sangue que se prendia na minha boca com a manga da minha camisola e lá tive que me conformar com a sua resposta. Ambos caminhamos na direcção do corpo que permanecia intacto no chão. Pegamos num braço de cada lado e começamos a arrastá-lo, passo ante passo.
- Para onde é que levamos isto? – Perguntei incrédulo, desviando um pouco o olhar para o corpo sem vida que carregávamos.
- Não sei. Mas de certeza que haverá alguém no bar que saiba o que fazer. Até lá, vamos tentar fazer o mínimo de barulho possível, para não levantarmos suspeitas.
Pelo menos, já tínhamos um rumo. Dirigimo-nos então até ao único sítio onde nós podíamos estar em paz e sossego. Dirigimo-nos para a única casa que tínhamos de momento. Dirigimo-nos para o bar.


Que Nyx vos acompanhe!

2 comentários:

Catarina disse...

Leiam pk vale a pena, este conto é fantástico, eu AMO este conto xD
A sério não se vão arrepender :P

Bjs,
Cat

joana disse...

Amoroo este conto!
Têm mesmo de ler, é simplesmente delicioso xD
Continua Maninho!

Que Nyx te abençoe!
Bjs,
Joana