Fanfic: Crossover - 1º Capitulo


Primeiro Capitulo

Tinham sido os quatro anos mais longos da minha vida, com toda a minha família a perder esperança em mim, uns por me estar a tornar no que caçamos, outros porque simplesmente achavam que a minha tentativa seria completamente suicida. Mas nada disso realmente era verdade, no final de contas acabaria mesmo por morrer, tornando-me imortal e sozinho.
Era um caminho que tinha escolhido, apesar da dificuldade inicial de não querer ser esta coisa. A realidade agora tinha-se alterado, a minha sede por vingança se tornara o meu veículo para continuar na Casa da Noite. Amizades nunca me interessaram, permanecia que nem uma sombra da noite, indo e vindo ao longo das aulas e continuando o meu processo de aprendizagem que este mundo me proporcionava.
Era ligeiramente diferente dos relatos que minhas gerações tinham criado sobre a outra espécie de vampiros. Estes sempre eram mais calmos, pareciam uma versão mais humana e semelhante à adolescência. Talvez por isso apenas esta fosse a versão vampírica conhecida na actualidade.
Os restantes sempre conseguem fazer parte de um outro mundo mais negro, aniquilando com mais facilidade e menos humanidade. Por isso era fácil, ser um vampyro. Sempre tinham mais humanidade, deixando-me mais perto do que eu era.
Apesar de todos estes anos, ligeiramente separado das caçadas familiares, sendo até retirado da lista de caçadores da família pelos elementos mais conservadores da organização, eu nunca realmente deixei de ser quem era. A cada momento que tinha livre, aproveitava para saber mais e mais sobre o rasto daquela imunda.
Nada sabíamos sobre o seu nome, a sua idade, e o que fazia ainda morta pelo mundo. Nada disso nos tiraria o sono, continuaríamos até que finalmente ela morresse nas mãos de um de nós, nem que fosse. O meu nome podia não estar mais sobre as listas da nossa longa família, mas jamais me tirariam a ‘veia de caçador’! Seria caçador pela eternidade se fosse preciso, apesar de ter já planos para mim.
Observava atentamente a lua que brilhava completa sobre a minha testa, o sinal do meu fim como humano, a marca que me matou como caçador. Não tinha escolhido fazer parte deste mundo, não desta forma.
Mas o problema nem foi renegar toda a minha família, porque ela praticamente me obrigou a fazê-lo. Como poderia eu conviver com estes seres, se sempre minha vida aprendera a aniquilar cada um deles.
As ironias na minha vida nunca paravam, e a prova estava sobre aquela imagem no espelho. A pele branca e o olhar repleto de raiva intensificaram a cada novo ano. Sempre havia a hipótese de jamais conseguir sobreviver a esta mudança. As dores vieram, a mudança se fez e agora estou livre.
Tudo começou sobre a minha cabeça, o maldito quarto crescente incendiava-se sobre a minha testa, reclamando por mim finalmente, desejando que o meu eu antigo passassem por completo à história. Estaria eu preparado? Não, jamais estaríamos preparados para sentir as dores que a morte traz. Eu estava morto, não me sentia mais humano. Eu era um guerreiro da justiça, traria aquela mulher, encontraria o seu rasto e temeria cada parte de mim.
Porque eu estava decidido a dar finalmente paz à minha antiga família, mesmo que se negassem a aceitar-me mais como filho, eu continuaria a seguir os mesmos passos que a minha ascendência.
Estava decidido. Agora que tinha sobrevivido à ultima fase de crescimento, agora que era um vampyro adulto, poderia vaguear livremente pelo mundo, e sabia exactamente onde começar – Transilvânia.
Só desejava que o povo da fé não estivesse por todo o mundo, que não houvessem caçadores atrás de mim a mando da minha família. Era a hora de abrir horizontes e seguir em frente… Porque a Era finalmente chegou e eu estava preparada para ela desde sempre… Prepara-te, vampira. Eu estou a caminho…

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