Fanfic: Crossover - 2º Capitulo


Segundo Capítulo

(Descrição da folha descrita aqui)

Guardava sobre o meu peito uma página do diário do meu antepassado, mas não era uma página qualquer, sentia-a sempre tão viva na minha mente enquanto lia. Falava muito pouco sobre o que acontecera, o que mais falava era sobre aquela mulher infernal que se tinha atravessado sobre o nosso caminho.

“Ainda não consigo compreender, revolta-me saber que Mervin foi assim assassinada. Apesar de todos estes anos, em que aprendi a escrever, onde procurei todas as informações possíveis sobre estes malditos… Consegui saber de algo, que me perturba mais do que anima. Eternos, devastadores e esvoaçam-se como o vento… Vai ser difícil encontra-la, mas eu conseguirei.
Não haverá mais mortes na nossa família deste tipo, para isso todos saberão o que aconteceu pelo futuro.
Nossa família é de origens simples, nunca chegamos a ter pertences, mas a felicidade continuava em nossos filhos que cresciam. Apesar da fome que começávamos a sentir, seguíamos o nosso caminho para uma melhor vida. E a morte aproximou-se de nós sobre forma de mulher.
Eu ainda me recordo no espanto que minha esposa tinha, ao observar aquela beleza. O seu tom de pele era estranhamente mais escuro do que dizem sobre estes sanguessugas, seus olhos azuis poisavam sobre aquela criança que tinha no seu colo. Dizia-lhe algo… Algo que acabou por nos trazer a vontade de vingança que tanto aquece hoje o meu coração.
Quando se aproximava de nós, os seus traços marcavam-se mais fortes, a criança observava de longe, expectante. Um olhar azul que prendia-nos a respiração, seus lábios inclinavam-se ligeiramente criando um sorriso. Seu cabelo loiro era diferente, certamente seria alguém da corte pelos seus trajes, por isso deduzimos que fosse necessário curvar-nos perante ela.
Observou apenas uma vez a criança que a tinha acompanhado lá atrás, segui o seu olhar e vi o seu olhar, a curiosidade enorme que crescia naquela criança. Na altura nunca soube ao certo o que era, confundido com a fome e o cansaço da viagem… Ainda hoje me pergunto o que aquela mulher fazia com um humano.
Os nossos instintos nos alertaram quando a velocidade dela fora incrível, e aquela cara simplesmente era horrível. Como uma tal beleza consegue ser tão destrutiva? Eu sabia a resposta, era a morte. Aquelas coisas são a morte, apenas vagueiam por aí sedentos por sangue. Belzebus que teimam em ser mais fortes que nós, que desaparecem sobre a luz do dia.
Tentei afastar a minha família dela, abraçando-os atrás de mim. As crianças estavam com a sua mãe, os gritos dela foram enlouquecidos, eu próprio endoidecera. O coração que me pertencia foi retirado sobre o peito que ela rasgara com as suas próprias mãos, todos nós estávamos à mercê daquele monstro sem que nada pudéssemos fazer.
As minhas crianças… A minha mulher. Jamais seria a mesma coisa. O seu sorriso alargou-se a aproximar-se mais deles que olhavam chocados, chegou bem perto , esmagando o coração na direcção do olhar dos meus filhos. Nunca temi tanto pelas suas vidas como naquela hora, pegando num pau que vira algures, estava tão cego que nem conseguia pensar direito. Queria a minha família! Queria a minha família de volta!
Meus filhos correram para mim, tentei defender-nos mas quis o acaso que fossemos salvos. A criança tinha acabado de chamar pelo nome daquela assombração. Não me recordo, por mais que tente… Por mais que queria… Não me recordo daquele seu nome, não consigo arrancar essa memória de mim, não está mais cá. Infelizmente.
Corri, levei os meus filhos. Começamos uma vida que agora continua. Já sei como a aniquilar! E que os deuses me ajudem, que consiga encontrá-la antes que a minha morte chegue. Porque, um dia, a tua hora chegará! A tua hora chegará!”

Tinha feito das suas palavras minhas, quando a encontrar verá. E o que ele escreveu ficará completamente cumprido. Agora que estava livre, que podia finalmente caminhar sobre o mundo à caça, sem que a morte conseguisse levar-me com facilidade, eu estaria eternamente à sua procura. E, um dia… Um dia sentirá a morte a chegar-lhe sobre as minhas mãos. Já não falta muito…

3 comentários:

Anónimo disse...

gosto muito do site, até o tenho nos meu favoritos, mas acho que o estão a deixar muito largado, só já publicam fanfics...
E então e os textos sobre os elementos, sobre as cores, qualquer coisa assim, ou até mesmo sobre os livros...
era só uma pergunta... não levem a mau... ainda sou fã do site....

Casa da Noite ☾ disse...

Anónimo: Não está largado, apenas não há noticias e isso das cores e assim como já foi postado não o devemos repetir, ne?É dificil ter sempre ideias novas, porque já foi quase tudo postado. Mas fazemos os nossos possiveis, e de tres pessoas do blogue, 2 estao em exames, é complicado... x'D

The Unforgiven Souls disse...

Olá todos. O TUS adquiriu um novo selo! Deixamos aqui o link para que possam usa-lo.

http://1.bp.blogspot.com/_5KTUSSd7zVk/TCtiW5FkBDI/AAAAAAAAApo/_6loFpVXSqU/s320/premio_selo_dardo.jpg

Unforgiven hugs!