Fica aqui o 2ºtexto vencedor do concurso realizado pelo blog Volturi Guard!
Este é do Bruno Macedo! Muitos parabéns!
"Nunca me tinha questionado sobre o que faria se fosse marcado, sempre soube que não o queria, era algo repugnante e inconcebível para mim. Mas nunca tinha imaginado que isso pudesse mesmo acontecer. Quando há poucos anos a minha irmã mais velha tinha sido marcada, lembro-me de pensar que ela estava para sempre condenada. Nunca mais seria NORMAL! Depois de marcada afastou-se da família, aquela rapariga simpática e bem-disposta tinha desaparecido, estava transformada em algo malévolo.
Eu odiava vampyros desde o momento que se puseram à descoberta anos antes. Odiava o seu aspecto esbranquiçado, a sua beleza exuberante, o seu modo de subsistência e claro a forma como tratavam os humanos, pequenos joguetes nas suas mãos pálidas e frias. Lembro-me da minha irmã chegar a casa radiante por ter sido “escolhida”. Os meus pais até que ficaram maravilhados com a ideia, como se o facto de se ser eterno com um coração morto fosse uma vida perfeita. Preferia pensar que ela estivesse morta ao ser como eles, uma vampyra sedenta. Será que ela ainda possui alma?
Eu levava uma vida perfeitamente normal até ser marcado, tirando o inconveniente da minha irmã! Tinha 17 anos, uma namorada, amigos, uma vida relativamente sociável, não me podia queixar de nada, não era gozado na escola e não tinha problemas com os meus pais. Porquê eu? Já não bastava terem levado a minha irmã? Ela significava tanto para mim, foi como uma segunda mãe.
Bem sabia que a minha vida estava a acabar… Tinha previamente decidido que se isto algum dia acontecesse, o faria… A minha realidade face ao ser marcado era tão diferente aos marcados habituais Eu vampyro? Nunca nem em vida nem em morte.
Ser marcado? Que ridículo! Os vampyros sempre com a sua mania de mauzões e depois marcam-nos com estas meias-luas brilhantes e amaricadas. Mas raios, como esta porra dói!
“Eu ainda sou novo!”, pensei desgostado, “ Ainda tenho muito para viver, muitas mulheres para conhecer, quem sabe casar...” Mas uma decisão é uma decisão. E depois de ver a minha namorada pela última vez, despedindo-me dela, se é que me entendem… levei avante com essa decisão. Peguei na arma do meu pai, dirigi-me para o meu quarto, tranquei a porta e sentado na cama aconteceu o único desfecho possível. Às 14.30 de uma tarde de quinta-feira a minha vida chegava ao fim… Não seria um vampyro e também não iria viver mais como um humano."
Sem comentários:
Enviar um comentário