Fanfic: Forgiven - Capitulo 15, Parte 1

Samantha Jones

- Okay, Sam – disse Paul – é assim, deste-me agora levas!
- Sam, ataca! Eu cubro-te! – gritou Abby do meu lado esquerdo.
Eu, Paul e Abby estávamos numa luta de bolas de neve no meu quintal. De vez em quando o meu maninho mais novo aparecia, mas eu acabava por levar com vinte e tais bolas de neve nas costas a tentar que ele fosse para casa, para não se constipar
Levantei-me da minha fortaleza e espetei uma bola de neve bem redondinha na cara de Paul
- SAM! – gritou ele
- Em cheio na cara! Isso é que é pontaria! – Abby piscou-me o olho de longe e eu dobrei-me sobre mim mesma para ter outro dos malditos ataques de tosse que me perseguiam desde ontem de manhã
- Sam? Estás bem? – levantei o braço acima do muro e espetei o polegar para cima
- Hum… hoje ficamos por aqui okay? – disse eu entre dois ataques de tosse
- Estás mesmo com má cara! – Abby dirigiu-se a mim e apoiou-me para eu me levantar
- Isto passa… Precisamos de chocolate quente… Acho que a minha mãe nos deixou algum antes de sair
- Mas a sério! Devias ir ao… MERDA! – guinchou Paul
- Grande amigo que eu tenho, a mandar-me para… – fui interrompida por uma brisa gelada e depois o homem que estava à frente de Paul avançou até mim
- Samantha Jones, tu pertences agora à noite! – disse o homem na sua voz grossa.
Depois apontou-me um dedo à testa e senti uma explosão de dor e agonia que me fez virar e vomitar, manchando a neve
- Credo Cruzes! Acho que nunca vi alguém com tão pouca barriga a vomitar tanto! – guinchou Abby à sua maneira habitual
- Abby deixa-te disso, ajuda-me a levá-la para dentro!
- Pronto, pronto! – os dois apoiaram-me nos ombros e fomos os três até à minha sala, que estava mais quentinha, felizmente
- Ben, vai lá para cima – disse eu ao meu irmão, enquanto agarrava uma chávena de chocolate quente que a minha mãe nos tinha deixado alguns minutos antes de sair
- É que nem penses! Com o pai a trabalhar fora e a mãe no supermercado sou eu o homem da casa e tenho de cuidar de ti
- Estás a gozar comigo, puto? – disse-lhe eu. Deu um gole de chocolate quente que me aqueceu a garganta – Pronto fica lá…
- Mana, o que é isso que tens aí? – perguntou-me ele
- Aqui? – perguntei confusa, ainda nem me tinha apercebido do que acabara de passar. Abby remexeu na sua mala e tirou um espelhinho cor de rosa, enquanto o meu irmão avançava para mim e me colocava o dedo no meio da testa, fazendo com que sentisse um formigueiro doloroso debaixo da pele, depois desviou-se e os meus olhos encontraram o seu reflexo. Subi um bocado o olhar e fixei o contorno azul turquesa da meia lua que me enfeitava a testa
- Tenho de fazer as malas – disse eu apercebendo-me da situação. Eu teria de ir para a casa da noite, começar uma nova vida, aguentar quatro anos para passar a Mudança ou morrer nesses quatro anos
- Eu ajudo-te – disse Abby
- Vais-te embora mana? – Perguntou-me Ben
- Eu… sim… tenho de ir… mas só quando a mãe chegar… Agora porque não me ajudas a fazer as malas? – ele assentiu. Eu fui ao sótão buscar uma mala grande e uma mochila para pôr as minhas coisas. Cheguei ao meu quarto e já tinha alguns conjuntos em cima da cama, uns mais coloridos, outros mais escuros, obra da Abby claro
- Obrigada – disse eu. Comecei a dobrar camisolas, depois t-shirts, tops, calças… Depois pus alguns casacos e na bolsinha de lado coloquei a minha roupa interior. Na mochila (suficientemente grande) pus os meus três pares de sabrinas, umas sapatinhas e os meus sapatos de salto (sei lá eu o que eles – vampyros – costumam calçar!). Coloquei as minhas coisinhas da mesa de cabeceira: molduras com as fotos dos meus amigos e família, o carregador do telemóvel, a escova e tantas outras coisinhas indispensáveis para mim. Depois fui à casa de banho e dei um jeito ao cabelo que estava um nojo.
- Eu arrumo-te a maquilhagem – disse Abby. Ela costumava ser uma espécie de minha consultora de moda – Olha, se vires por lá algum rapazinho vampyro giro que esteja interessado num relacionamento com uma mera humana, avisas, certo? – eu revirei os olhos
- Saco o número de telefone, morada, informações como por exemplo se tem cadastro, idade, aponto o estilo, o físico e a personalidade e mando-te por e-mail – disse o que ela me costumava dizer quando eu ia de férias e tinha a possibilidade de conhecer novas pessoas
- Por falar em e-mails, ias-te esquecendo do portátil – Paul apoiou-se na ombreira da porta a segurar a minha mochila do portátil
- Obrigada!
- Samantha! Estás em casa querida? – a minha mãe fechou a porta da frente e subiu devagar
- Sam, isto é para ti – Bem estendeu-me um peluche igual ao seu favorito: um urso castanho com um chapéu de maquinista – assim, vou estar sempre contigo
- Oh pirralho! – peguei o meu irmãozinho ao colo e dei-lhe um abraço forte – Adoro-te!
Deixei o urso de fora para ir comigo na viagem para lá
- Samantha, onde vais? – disse a minha mãe ao entrar no meu quarto
Eu desviei o cabelo para que ela visse a meia luz azul na minha testa
- Oh… compreendo… - ela veio até mim e abraçou-me, ao mesmo tempo abraçando o meu irmão que ainda estava ao meu colo – Precisas de ajuda para arrumar alguma coisa?
- Não, já tenho tudo – pousei o meu irmão e limpei as lágrimas
- Sra. Jones, podemos ir com vocês levar a Sam? – perguntou Paul
- Claro que sim. Ela precisa muito da família e dos amigos nesta altura – disse a minha mãe
Então eu calcei as minhas botas castanhas, vesti o meu casaco quentinho e desci a carregar a mala grande, enquanto a minha mãe trazia a mochila e Abby vinha com o portátil. Pus tudo na mala do carro e dei uma olhadela à minha casa. Entrei para o banco de trás do carro deixando Paul ir à frente. O meu irmão encostou-se a mim abraçando o seu peluche e pondo-me o meu ao meu colo. Abby deu-me um abraço de lado. Durante a viagem ninguém falou, quer dizer, a minha mãe estava sempre a dar-me conselhos e avisos e a dizer-me para ter sempre o telemóvel comigo, para lhe ligar, e para ligar para o meu pai para lhe contar do sucedido
A viagem foi demorada e Ben adormeceu encostado a mim, embalado pelas curvas e pela música clássica que estava a passar na rádio

3 comentários:

Lénia disse...

Olá alguém me sabe dizer se já se sabe qual poderá ser a capa do próximo livro!

Casa da Noite ☾ disse...

Olá,

Não se sabe, mas mal saiba direi.


Bjs

Daniela RC disse...

Adorei este capitulo, muito diferente do resto, mas importante para sabermos como foi a transformação da nova iniciada!!!

EStou ansiosa pelo proximo capitulo que espero que seja a chegada da Sam á Casa da Noite!! =)

Continua com o exelente trabalho!!

bjs***