Fanfic: Lost Soul - Capitulo 2


Heath – Capitulo 2

Durante todo o caminho, não consegui deixar de pensar na minha Zo.
Como ela pode ter sido marcada? Ela é a minha namorada. Nós andamos. Ela não merecia.
Lembro-me do último miúdo da SIHS que foi marcado por um caça. Ele era praticamente um borra-botas que andava a perambular lá na escola. Apenas chateava os professores e os colegas. Nem boas notas tirava. Era de se esperar que lhe acontece-se uma coisa daquelas. Mas á minha Zo? A ela não! Ela não era nada assim. Aquilo não lhe podia ter acontecido.
E agora? Ela teria de ir para a Casa da Noite? Aquela casa cheia de criaturas horrendas?
Não. Não. Não.
Eu não iria deixar que a minha namorada fosse para lá.
Já no meu quarto, tirei o telemóvel do bolso e liguei-lhe.
Um toque… Dois toques… Três toques… Aí! A Zoey não atendia.
Não sei ao certo quantas vezes lhe tentei ligar, mas passei quase 15 minutos á espera que ela atendesse.
- Ok, assim não vou conseguir falar contigo. – Falei para um dos quadros com a fotografia da Zoey que tenho no quarto.
Decidi, então, ir até casa dela. Assim, estando com ela pessoalmente teria mais hipóteses de que ela não fosse para a Casa Da Noite.
Fui á cozinha buscar as chaves do meu carro, que estavam mesmo ao lado do móvel das taças que ganhei como jogador do Broken Arrow. Juro que aquilo me enchia de orgulho.
Olhei para a televisão e revirei os olhos. A minha mãe estava a ver uma daquelas telenovelas super chatas. Daquelas em que as velhinhas (com todo o respeito, claro) cochicham a vida das outras pessoas e falam mal nas costas sem a pessoa saber. Que tédio que isso me causa.
- Heath! – Disse a minha mãe. – Onde vais querido?
- Vou a casa da Zoey. Ela levou uns livros meus por engano. – Menti.
- Sabes que hoje vamos jantar a casa do teu tio. Não há tempo para namoricos.
Huhg. Não é que eu tenha alguma coisa contra o tio Georgh, mas detesto ir lá jantar. A nova mulher dele cozinha mesmo mal, e ninguém tem coragem para lho dizer. O que significa que somos obrigados a comer e elogiar a comida.
- Hum… Mãe? Hoje vou a uma… festa! Sabes… com os outros jogadores e tal. Não dá para eu ir a casa do tio Georgh.
- Filho, isso não é uma desculpa pois não?
- Não, não, claro que não mãe! – Cruzei os dedos da mão direita atrás das costas para que a minha mãe não visse. – Desculpa, tenho mesmo de ir agora ter com a Zoey. Adeus mãe.
- Juízo Heath! – A minha mãe atirou-me um beijo enquanto eu abria a porta e saía.
Entrei a correr na garagem. Abri a porta do carro e sentei-me. Antes de fechar a porta e acelerar, tinha de voltar a tentar ligar para a Zo.
Novamente, não atendeu. Soltei um pequeno suspiro, bati a porta do carro e segui caminho.

Estacionei mesmo perto da janela do quarto da Zoey. Ela normalmente estacionava ali, pelo que comecei logo a ficar nervoso com a ideia de que ela podia já não estar em casa.
- Não Heath, acalma-te! A Zoey esta lá dentro. – Disse para mim mesmo a tentar manter a calma.
Toquei á campainha e passado alguns segundos (que para mim pareceram anos) Mr. Heffer abriu a porta.
Aquela cara de cão a moer osso estragado ainda parecia mais torcida agora.
- Olá Heath. – Ele segurava uma cruz enorme na mão direita e tinha um terço ao pescoço. Isso fez-me pensar que ele já vira a Zoey, ou pelo menos que sabia que ela tinha sido marcada.
Pela expressão do rosto dele, vi que ele não estava muito contente por me ver. Raios, aquele homem nunca ficou contente por me ver.
- Mr. Heffer, preciso de falar agora com a Zoey.
- Pois, mas adivinho que tu sabes o que lhe aconteceu. Mas claro, eu percebo, já que também és culpado, gostarias de pedir desculpa á Zoey, não é verdade?
- Culpado? De que está a falar? Desculpe Mr. Heffer, mas tenho mesmo de falar com a Zoey. – Desta vez eu andava aos saltos a tentar ver para a sala atrás do padrasto da minha namorada.
Vi lá dentro a mãe da Zoey a chorar de joelhos perto do sofá, e ao lado dela, vi o que parecia ser um padre.
- Sim, também és culpado. Se aquela menina malcomportada não andasse por aí, sabe Deus a fazer o quê, isto não lhe acontecia. Deus cansou-se de a proteger.
- Não! Isto não tem nada a ver com Deus. Mr. Heffer entenda que o povo da fé não controla tudo. – Desta vez empurrei aquele traste falante e entrei na sala.
O padre e a mãe da Zoey olharam para mim chocados.
- Desculpem – Disse eu, virando-me para eles. – Tenho mesmo de falar com a Zoey. Posso subir até ao quarto dela?
A mãe da Zoey não respondeu. Apenas virou a cara e continuou a chorar.
- A Zoey não está cá! Ela estava trancada no quarto como uma rebelde, mas agora já lá não está. Deve ter ido para a casa dos monstros. – Ouviu-se um soluço da mãe da Zoey e Mr. Heffer continuou. – Deus, nosso senhor tenha piedade. – E depois benzeu-se.
- Pare de dizer isso! Você não vê que esta a piorar tudo? – Desta vez, irritou-me mesmo – Você nunca serviu para pai da Zoey, não está a servir como marido, nem nunca irá servir para nada!
- Vai-te embora Satanás! – Agarrou-me pelo braço e pôs-me fora de casa. Nem lhe ofereci resistência. Se a Zoey não estava, não havia nada a fazer ali. – Nunca mais voltes. Aquela monstrinha saiu e levou tudo com ela.
- Você não trata assim a Zoey!
O Mr. Heffer bateu a porta com tamanha força que o barulho de devia ter ouvido na outra ponta da rua.
Eu não acredito. Será que ele tinha razão? Será que a Zoey já foi para a Casa Da Noite?
- Não. Calma Heath. A Zoey não irá para a Casa Da Noite. Tu sabes disso. – Voltei a falar sozinho na tentativa de me acalmar.
Entrei no carro e voltei a tentar ligar para a Zo.
Desta vez decidi deixar mensagem no correio de Voz: «Hey Zo! Preciso de falar contigo. Liga-me assim que puderes, ok? Amo-te.»
Agora não podia ir para casa. Não queria que os meus pais me obrigassem a ir para casa do tio Georgh.
Decidi jantar num restaurante perto da festa de logo á noite.
Mas com quem? Sem companhia permitia-me pensar melhor, mas mesmo assim, não iria conseguir fazer nada em relação á Zoey.
Depois, lembrei-me. Lembrei-me da única pessoa maluca o suficiente para me ajudar no meu plano-de-maior-urgência, caso a Zoey fosse mesmo para a Casa Da Noite. Até podia não querer alinhar. Até podia não querer ajudar a Zoey. Mas se fosse eu a pedir… Aí sim. Essa pessoa aceitaria.
Peguei no telemóvel, procurei o contacto na lista e efectuei a chamada.
Atendeu logo ao primeiro toque.
- ‘Tou? – Parecia demasiado animada depois do que acontecera - Heath?
- Preciso de falar contigo. Vem ter comigo á Dany’s Cookies daqui por uma hora.

2 comentários:

Daniela RC disse...

Quero mais .... estou a adorar esta versão do Heath!!!

Eu nao sou muito fa do Heath mas esta história é muito interessante...quero mais!!!

☾ ana condє ☾ disse...

uh
to a adorar, até porque sou Team Heath XP

continuaaa