Abandoned - 8º Capítulo

"Abandoned"
Capitulo 8: Cabelo


Fui-me deitar com uma enorme sensação de vazio.
Mão sabia se era porque Damien me tinha ignorado, as Gémeas me tinham virado a cara no corredor ou porque Erik tinha passado toda a aula de equitação a observar-me de fora, mas desaparecera segundos antes de eu sair dos estábulos. Só sabia que me sentia sozinha.
A corda tinha-se partido, era verdade. No entanto eu poderá apoiar-me numa minúscula saliência do penhasco, essa saliência era Luke. Mas eu e ele não éramos bem amigos, éramos do género conhecidos recentemente que simpatizavam. Mesmo com ele ali, não sabia quanto tempo aguentaria sem lhes contar… Talvez Alisha me pudesse ajudar… Talvez eu pudesse acabar com aquilo e falar com eles no fim… Talvez…
Apeteceu-me gritar! “TALVEZ!” era uma suposição, uma simples suposição! Não resolvia nada, não ajudava nada… Mas eu sabia o que ajudaria: Stevie Rae.
Era a única pessoa que não tiraria conclusões inesperadas do que eu lhe dissesse, e se tirasse, acreditaria em mim quando eu lhe pedisse… Mas era por causa dela ter morrido que eu estava ali, sem amigos… Era por causa disso que eu fora falar com Afrodite… Afrodite! Esquecera-me completamente de que ela queria falar comigo! Ah! A minha vida estava uma confusão!
Mas eu não tinha tempo para isso, não tinha tempo para me lembrar. Não tinha tempo para falar. Eu não tinha tempo, estava sempre ocupada, no entanto, nada na minha vida se resolvia… Não era irónico?
Mas mesmo assim voltei a levantar-me. Sabia que era melhor fazê-lo agora, enquanto os meus (eis-) amigos estavam a dormir. Ou talvez apenas nas suas camas, ou nos quartos, ou nos dormitórios… Não interessa: Não estavam lá e pronto!
Mal bati à porta, Afrodite disse “entre”, mas eu não entrei: fiquei do lado
de fora, não queria mais burburinho ou discussões.
-Pois, ouvi falar das tuas discussões, e também não me apetece que andem por ai a dizer que somos amigas. Fica ai!
-OK, estou de acordo. Agora, o que é que me querias pedir?
Ela ficou pensativa.
-Não posso falar contigo aqui. Vai vestir um casaco comprido e uns sapatos. Falamos lá fora. E vem ter comigo à sala comum.
Obedeci sub-repticiamente.
Encontramo-nos na sala comum e ela conduziu-me a um canto isolado, onde ninguém pudesse ouvir e onde ninguém se pudesse esconder sem ser visto ou ouvido.
-Então? –interroguei.
Ela sorrio, mas não era um sorriso simpático. Era frio.
-Sabes, tinhas razão. Na noite em que saíste do meu quarto, quando me disseste aquelas coisas todas e assim, fiquei a pensar… E quero que tragas Vénus quando fores buscar o frigorífico.
Cerrei os dentes.
-Não lhe voltes a chamar isso!
-Eu chamo-lhe o que eu quiser, e devemos tratar as pessoas pelo que elas são!
OK, fim da discussão cabra galdéria!” pensei em responder. E teria respondido, não fosse ela começar a falar.
-Mas vais trazê-la, não vais?
-Se conseguir… Mas olha que não arrisco Stevie Rae por ela!
-Não? Prometeste-me que ficavas em divida para comigo. Agora cumpres.
-Olha, -comecei –porque é que agora queres que eu a salve? Não parecias muito interessada no outro dia…
O seu olhar gelou, cerrou os punhos e falou por entre dentes:
-Há coisas que ninguém está disposto a esquecer, e eu não vou esquece-la, não dá.
-Pois… E tu queres que ela acredite em mim? Não me parece!
-Eu preveni-me. Toma! –disse ela, tirando uma coisa do bolso e atirando-ma. Eu agarrei-a, acto continuo, e abri a mão, para ver o que era.
-Cabelo? Vais dar-me cabelo? Sabes, os túneis não são lá muito iluminados, e acho que ela não o vai reconhecer.
-Não? Se olhar para ele, talvez não, mas se o cheirar, à de perceber.
-Cheirar? Eu não reconheceria o cheiro de cabelo! –era mesmo dela –e do seu género de amigas –andar a cheirar cabelos.
-Tu não sabes, mas quando tive aquela visão sobre o teu namorado, eu estava no papel dele a ouvi-los falar. Não estava lá a Vénus, nem a Stevie Rae, mas estava lá aquele frigorífico, o Elle-qualquer-coisa…
-Elliott –corrigi.
-Ah, Ok, não interessa. Ele estava a falar de qualquer coisa como ter reconhecido o cheiro da impressão mal o vira. Havia alguém a discutir com ele, a falar sobre essa coisa do olfacto, e a dizer que eles conseguiam distinguir qualquer cheiro que já tivessem experimentado, sendo mortos-vivos, Iniciados OU humanos. Acredita em mim, convivemos durante seis meses, não pode esquecer-se do meu cheiro!
-OK, mas olha que eu não sei se vai dar par…
-Vai ter de dar! Vai mesmo ter de dar! Sacrifica quem quiseres mas traz-ma, se não for dessa vez, à de ser de outra qualquer! Mas tens de ir lá salva-la, a não ser que eu te peça outra coisa, ou te livre do juramento!
-Sabes que considero Stevie Rae mais importante, não sabes?
-Sei, mas também sei que precisas de cumprir o teu juramento. E agora é melhor irmos para o dormitório, vai à frente que eu vou atrás, não podemos ser vistas juntas.
Comecei a andar em direcção ao dormitório, mas ela voltou a chamar-me.
-Zoey?
-Sim?
-E tem cuidado com as pessoas em quem confias, não é só a Neferet que está metida nisto…
-Hum?
Mas ela já tinha ido embora.
-Parece que sou só eu… E porque raio é que eu estou a falar sozinha?
Sem saber a resposta para a minha pergunta e a pensar no que Afrodite dissera, regressei ao dormitório, para ir, finalmente, para a cama.

4 comentários:

Vickye Chan disse...

issso é fanfik de q livro? to perdida :/

Casa da Noite ☾ disse...

Isto é uma fanfic como se fosse continuação de Traída.

Anónimo disse...

Não gosto desta Fanfic! A Wrong é mil vezes melhor

Tina disse...

Oi Lillyanne!
Obg, primeiro que tudo, e ei de continuar! (ou espero q sim)
Anonimo, tenho pena que não tenhas gostado:(... Mesmo assim obrigada pela honestidade, eu nunca tentei ser melhor que Wrong, quis escrever a minha porque não suporto ter de esperar, e ler livros na internet é algo que não me agrada, é como piratiar... Obrigada na msm,
Tina!