Uma mensagem da Tina: Pessoal peço desculpas a todos pelo tempo de espera por este capítulo. Mas aqui está ele. Espero que gostem!
Afinidade
Capítulo 14
Capítulo 14
Acordei estremunha, com uma luz forte a bater-me nos olhos.
Olhei em volta à procura da sua origem.
A porta entreaberta da casa de banho.
Levantei-me, olhei para o relógio –cinco da tarde –e fui até à casa de banho.
Alisha estava sentada na borda da banheira, a falar ao telefone baixinho. Quando me viu entrar fez um ar culpado.
-Desculpa Zoey, não pensei que acordasses e... –interrompeu-se –Olha para esse cabelo nojento! Toma –e entregou-me uma escova. Aquela rapariga passava-se!
Continuou a falar ao telemóvel.
-Não… Desculpa, estava a falar com a Zoey… Já te disse mais de um milhão de vezes que é a minha nova companheira de quarto… Difícil de decorar? Oh, mãe… Mas… Espera… Vens ou não para o Nat… Daihoma?
Ficou expectante por uns minutos, e depois o rosto iluminou-se.
-Isso e excelente! O pai também vem??... Óptimo… Como é que eu posso ter levado o teu esticador… Não mãe… Estavas a usa-lo quando eu sai!... Antes do jogo… Ok, olha mãe, não posso falar agora… Adeus… Beijinhos… Também gosto muito de ti!... Adeus mãe!!
Afastou o telemóvel do ouvido e olhou para mim.
-Era a minha mãe –“difícil de perceber…” –E por que raio é que continuas com essa escova na mão? Penteia-te!
-Ok… Os teus pais vêm, certo?
-Sim! Estou mesmo feliz! Acho que não sobrevivia no Daihoma sem eles… Os teus pais também vêm Zoey?
Fiquei um minuto a olhar para ela, com ar de parva, certamente, antes de lhe responder.
-A… Eu e os meus pais tivemos alguns problemas…
-Oh! Estou a ver… Queres contar-me? Se não quiseres não faz mal mas… Eu só queria saber, não te ofendas…
-Deixa estar! Eu conto-te.
E passei a meia hora seguinte a falar sobre o terrível que fora ter John Heffer na família.
-…E é por isso que de momento só me dou bem com a avó RedBird.
-Oh minha nossa S… Deusa! A tua vida dava para fazer uma novela Zoey…
-Só se for daquelas muito aborrecidas!
-Mas à sempre alguém que as vê, não é?
Uma vez penteada –acreditem, demorou séculos – eu e Alisha saímos, sem saber muito bem para onde.
Andamos às voltas pela escola, sem saber bem para onde ir. Luke juntou-se a nós pelo caminho, e continuamos a dar voltas à escola.
Alisha não parava quieta.
-Têm de conhecer os meus pais! Vão ficar tão felizes por saber que esta não é uma escola de mortos-vivos!
-Pois, devem ficar…
Nem eu nem Luke ficamos animados com aquela conversa, pois ambos tínhamos problemas com as famílias, mas Alisha pareceu não perceber. A alegria dela dava para substituir a nossa.
Estava a pensar em Erin, e em como ela teria alguma ideia para nos entretermos, quando uma bola preta voou em direcção a Alisha.
Fiquei assustada, sem saber o que era, mas quando voltei a olhar vi que um gato preto, com um pelo lustroso e mais negro que carvão –era isso que eu queria dizer com “preto”, mas ele parecia muito mais que isso…-e uns olhos azuis escuros se equilibrava nos seus ombros, com uma agilidade sobrenatural.
Alisha estava imóvel. Assustada.
-O… O que é? –perguntou, tremula.
-É… bem… -aquele gato também me deixava atordoada, os olhos pareciam muito mais… humanos –Um gato. Eu já te expliquei.
-Oh, sim –descontraiu-se – Não pensei que algum me escolhesse…
Levou a mão à zona onde o gato se encontrava, e fez-lhe festas no focinho.
-Lindo bichano…
O gato preto bufou, saltou ligeiramente e empoleirou-se a sua mão. Com um incrível contorcionismo deu a volta por cima do braço e fitou os olhos de Alisha por uns segundos, antes de saltar para o chão e fugir agilmente.
Alisha ficou parada, a olhar para o sitio onde momentos antes estivera a cara do gato. Parecia ter levado um choque.
-Al? –tanto eu como Luke corremos até ela –O que é que foi? Algum problema?
-Eu… Eu não sei…
E depois disse algo que nenhum de nós esperava ouvir.
-Eu acho que ele falou comigo…
-Falou? –perguntei, confusa.
-Sim… Ele olhou para mim e… e depois era como se estivesse na minha cabeça!
-Como se lhe lesses o pensamento?
-Exactamente!
-Luke, sabes de alguém com afinidade com os gatos que faça isto?
-Bem, penso que a Neferet não faz. De resto não conheço mais ninguém com a afinidade!
-Quando estavas no dormitório fazias o mesmo com a Nala?
-Não. Só a ouvia resmungar, mas de resto silêncio.
Virei-me para Luke.
-Então talvez não seja uma afinidade com os gatos, mas sim uma afinidade com aquele gato.
-Não me perguntes a mim –disse Luke, visivelmente embaraçado –Eu não tenho essa inteligência toda.
Senti-me como se me tivesse dado um murro no estômago. Estava a confundi-lo com Damien.
-Oh, desculpa… Mas como eu estava a dizer, podes ter uma afinidade com aquele gato.
-Isso quer dizer que temos de o encontrar? –perguntou Luke -Não vai ser fácil, o campus é gigante!
-Vai ser fácil –disse Alisha. Ambos olhamos para ela.
Depois ela explicou, corada.
-Eu sei onde ele está, tenho a certeza. Sinto-o, como uma pequena luz. E… Bem, sei que é um ele.
-Como se chama? –perguntei, curiosa.
-Não sei, não consigo ver isso…
-Ok, deixem-se disso! Vamos mas é procura-lo!
-Concordo Luke, onde é que está Alisha?
-Sigam-me.
Voltamos o caminho todo para trás, passando para trás do dormitório e continuámos até à casa do jardineiro. Passar ali trouxe-me recordações alegres e tristes ao mesmo tempo.
No entanto, não paramos ali. Alisha continuou até a uma parte ainda mais deserta do campus, onde não havia nada sem ser uma dúzia de árvores e alguns arbustos.
-Ali –disse Alisha, apontando para uma árvore.
Aproximamo-nos da árvore. Antes de chegarmos ao pé dela uns olhos azuis apareceram por entre os ramos, e o gato preto deslizou pelo tronco rugoso, quase a pique.
Avançou na nossa direcção, e quando chegou perto de Alisha deu um dos seus graciosos saltos e subiu-lhe pelo braço, em direcção ao ombro.
Desta vez Alisha limitou-se a dar-lhe festas no focinho, evitando… ofende-lo.
-Tenta falar-lhe tu! –exclamou Luke impaciente.
-Calma! Se continuas assim ele ainda foge outra vez!
Mas mesmo assim pegou-lhe e colocou-o à frente dos seus olhos.
Ficou ali a olhar para ele, tanto tempo que pensei ter sido imaginação sua da primeira vez, quando ela soltou um gritinho.
-Consegui! Ouvi-o! É o meu gatinho!
O gato bufou.
-OK, sou a pessoa dele.
-E como é que se chama? –interroguei.
-Não sei… Talvez não tenha um nome…
-Então dá-lhe tu um!
-Mas o que é que escolho?
-Sei lá! O gato é t… Tu é que és a pessoa dele –corrigi, quando o vi olhar-me.
-Pois… -e virou-se para Luke.
-Se eu tivesse jeito para escolher nomes não tinha escolhido Nolls para apelido… -desculpou-se.
Ela pensou momentaneamente no assunto.
-Pois, acho que tens razão! –e depois acrescentou –Então chamo-lhe o quê?
-Não faço a mínima…
-Não me perguntes a mim…
Parecia deveras aborrecida… E eu percebia –o que raio é que se chama a um gato inteligente? Snudlles? Talvez seja ligeiramente patético…
-Já sei! –exclamou repentinamente, totalmente eufórica –Vou chamar-lhe Lord! Não me parece ofensivo…
-Não…
Apesar das reticencias pressentia que Lord era o nome perfeito para aquele gato tão bizarro…
E o gato parecia ser da mesma opinião, pois ronronou –era o som mais magnifico que já ouvira: parecia quase um humano a falar, era serio, mas felino e selvagem ao mesmo tempo.
-Oh, és o meu gatinho!!! –exclamou Alisha. E independentemente dos esforços do gato para se soltar do seu abraço, Alisha não o deixou escapar -embora eu soubesse que ele não se estava a esforçar ao máximo, pois Lord sentia o mesmo.
A minha suspeita confirmou-se quando este se rendeu e recomeçou a ronronar!
Olhei em volta à procura da sua origem.
A porta entreaberta da casa de banho.
Levantei-me, olhei para o relógio –cinco da tarde –e fui até à casa de banho.
Alisha estava sentada na borda da banheira, a falar ao telefone baixinho. Quando me viu entrar fez um ar culpado.
-Desculpa Zoey, não pensei que acordasses e... –interrompeu-se –Olha para esse cabelo nojento! Toma –e entregou-me uma escova. Aquela rapariga passava-se!
Continuou a falar ao telemóvel.
-Não… Desculpa, estava a falar com a Zoey… Já te disse mais de um milhão de vezes que é a minha nova companheira de quarto… Difícil de decorar? Oh, mãe… Mas… Espera… Vens ou não para o Nat… Daihoma?
Ficou expectante por uns minutos, e depois o rosto iluminou-se.
-Isso e excelente! O pai também vem??... Óptimo… Como é que eu posso ter levado o teu esticador… Não mãe… Estavas a usa-lo quando eu sai!... Antes do jogo… Ok, olha mãe, não posso falar agora… Adeus… Beijinhos… Também gosto muito de ti!... Adeus mãe!!
Afastou o telemóvel do ouvido e olhou para mim.
-Era a minha mãe –“difícil de perceber…” –E por que raio é que continuas com essa escova na mão? Penteia-te!
-Ok… Os teus pais vêm, certo?
-Sim! Estou mesmo feliz! Acho que não sobrevivia no Daihoma sem eles… Os teus pais também vêm Zoey?
Fiquei um minuto a olhar para ela, com ar de parva, certamente, antes de lhe responder.
-A… Eu e os meus pais tivemos alguns problemas…
-Oh! Estou a ver… Queres contar-me? Se não quiseres não faz mal mas… Eu só queria saber, não te ofendas…
-Deixa estar! Eu conto-te.
E passei a meia hora seguinte a falar sobre o terrível que fora ter John Heffer na família.
-…E é por isso que de momento só me dou bem com a avó RedBird.
-Oh minha nossa S… Deusa! A tua vida dava para fazer uma novela Zoey…
-Só se for daquelas muito aborrecidas!
-Mas à sempre alguém que as vê, não é?
Uma vez penteada –acreditem, demorou séculos – eu e Alisha saímos, sem saber muito bem para onde.
Andamos às voltas pela escola, sem saber bem para onde ir. Luke juntou-se a nós pelo caminho, e continuamos a dar voltas à escola.
Alisha não parava quieta.
-Têm de conhecer os meus pais! Vão ficar tão felizes por saber que esta não é uma escola de mortos-vivos!
-Pois, devem ficar…
Nem eu nem Luke ficamos animados com aquela conversa, pois ambos tínhamos problemas com as famílias, mas Alisha pareceu não perceber. A alegria dela dava para substituir a nossa.
Estava a pensar em Erin, e em como ela teria alguma ideia para nos entretermos, quando uma bola preta voou em direcção a Alisha.
Fiquei assustada, sem saber o que era, mas quando voltei a olhar vi que um gato preto, com um pelo lustroso e mais negro que carvão –era isso que eu queria dizer com “preto”, mas ele parecia muito mais que isso…-e uns olhos azuis escuros se equilibrava nos seus ombros, com uma agilidade sobrenatural.
Alisha estava imóvel. Assustada.
-O… O que é? –perguntou, tremula.
-É… bem… -aquele gato também me deixava atordoada, os olhos pareciam muito mais… humanos –Um gato. Eu já te expliquei.
-Oh, sim –descontraiu-se – Não pensei que algum me escolhesse…
Levou a mão à zona onde o gato se encontrava, e fez-lhe festas no focinho.
-Lindo bichano…
O gato preto bufou, saltou ligeiramente e empoleirou-se a sua mão. Com um incrível contorcionismo deu a volta por cima do braço e fitou os olhos de Alisha por uns segundos, antes de saltar para o chão e fugir agilmente.
Alisha ficou parada, a olhar para o sitio onde momentos antes estivera a cara do gato. Parecia ter levado um choque.
-Al? –tanto eu como Luke corremos até ela –O que é que foi? Algum problema?
-Eu… Eu não sei…
E depois disse algo que nenhum de nós esperava ouvir.
-Eu acho que ele falou comigo…
-Falou? –perguntei, confusa.
-Sim… Ele olhou para mim e… e depois era como se estivesse na minha cabeça!
-Como se lhe lesses o pensamento?
-Exactamente!
-Luke, sabes de alguém com afinidade com os gatos que faça isto?
-Bem, penso que a Neferet não faz. De resto não conheço mais ninguém com a afinidade!
-Quando estavas no dormitório fazias o mesmo com a Nala?
-Não. Só a ouvia resmungar, mas de resto silêncio.
Virei-me para Luke.
-Então talvez não seja uma afinidade com os gatos, mas sim uma afinidade com aquele gato.
-Não me perguntes a mim –disse Luke, visivelmente embaraçado –Eu não tenho essa inteligência toda.
Senti-me como se me tivesse dado um murro no estômago. Estava a confundi-lo com Damien.
-Oh, desculpa… Mas como eu estava a dizer, podes ter uma afinidade com aquele gato.
-Isso quer dizer que temos de o encontrar? –perguntou Luke -Não vai ser fácil, o campus é gigante!
-Vai ser fácil –disse Alisha. Ambos olhamos para ela.
Depois ela explicou, corada.
-Eu sei onde ele está, tenho a certeza. Sinto-o, como uma pequena luz. E… Bem, sei que é um ele.
-Como se chama? –perguntei, curiosa.
-Não sei, não consigo ver isso…
-Ok, deixem-se disso! Vamos mas é procura-lo!
-Concordo Luke, onde é que está Alisha?
-Sigam-me.
Voltamos o caminho todo para trás, passando para trás do dormitório e continuámos até à casa do jardineiro. Passar ali trouxe-me recordações alegres e tristes ao mesmo tempo.
No entanto, não paramos ali. Alisha continuou até a uma parte ainda mais deserta do campus, onde não havia nada sem ser uma dúzia de árvores e alguns arbustos.
-Ali –disse Alisha, apontando para uma árvore.
Aproximamo-nos da árvore. Antes de chegarmos ao pé dela uns olhos azuis apareceram por entre os ramos, e o gato preto deslizou pelo tronco rugoso, quase a pique.
Avançou na nossa direcção, e quando chegou perto de Alisha deu um dos seus graciosos saltos e subiu-lhe pelo braço, em direcção ao ombro.
Desta vez Alisha limitou-se a dar-lhe festas no focinho, evitando… ofende-lo.
-Tenta falar-lhe tu! –exclamou Luke impaciente.
-Calma! Se continuas assim ele ainda foge outra vez!
Mas mesmo assim pegou-lhe e colocou-o à frente dos seus olhos.
Ficou ali a olhar para ele, tanto tempo que pensei ter sido imaginação sua da primeira vez, quando ela soltou um gritinho.
-Consegui! Ouvi-o! É o meu gatinho!
O gato bufou.
-OK, sou a pessoa dele.
-E como é que se chama? –interroguei.
-Não sei… Talvez não tenha um nome…
-Então dá-lhe tu um!
-Mas o que é que escolho?
-Sei lá! O gato é t… Tu é que és a pessoa dele –corrigi, quando o vi olhar-me.
-Pois… -e virou-se para Luke.
-Se eu tivesse jeito para escolher nomes não tinha escolhido Nolls para apelido… -desculpou-se.
Ela pensou momentaneamente no assunto.
-Pois, acho que tens razão! –e depois acrescentou –Então chamo-lhe o quê?
-Não faço a mínima…
-Não me perguntes a mim…
Parecia deveras aborrecida… E eu percebia –o que raio é que se chama a um gato inteligente? Snudlles? Talvez seja ligeiramente patético…
-Já sei! –exclamou repentinamente, totalmente eufórica –Vou chamar-lhe Lord! Não me parece ofensivo…
-Não…
Apesar das reticencias pressentia que Lord era o nome perfeito para aquele gato tão bizarro…
E o gato parecia ser da mesma opinião, pois ronronou –era o som mais magnifico que já ouvira: parecia quase um humano a falar, era serio, mas felino e selvagem ao mesmo tempo.
-Oh, és o meu gatinho!!! –exclamou Alisha. E independentemente dos esforços do gato para se soltar do seu abraço, Alisha não o deixou escapar -embora eu soubesse que ele não se estava a esforçar ao máximo, pois Lord sentia o mesmo.
A minha suspeita confirmou-se quando este se rendeu e recomeçou a ronronar!
1 comentário:
Olá!!!
Parabéns pelo INCRIVEL blog!
Custa a acreditar que é feito por um português!hehehe!
Quando penso num blog feito por um de nós penso sempre, ã, num blog mais desleixado!
Mas vocês conseguiram!
E em relação a esta fanfiction:
S-E-M P-A-L-A-V-R-A-S
É preciso imaginação para dar continuaçãp a uma historia tão boa como a de P.c.!
E tenho a dizer que não me desiludiram!
Mas não percebo, se criaram uma secção para Wrong (Muito boa, também!), porque não uma para Abandoned?
Eu cá acho que deviam criar, mas a decisão é vossa!
Espero que todos os projectos continuem: Abandoned, Wrong e, claro, o blog!
Beijos,
R.V.
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