Fanfic: Forgiven - 19º Capitulo

Dirigimo-nos ao dormitório e quando chegámos, Heath andava de um lado para o outro, assim que me viu, parou, dirigiu-se a mim e puxou-me a mão para ir com ele lá para cima
- Boa sorte! – disseram as gémeas
Entrámos no meu quarto.
- Muito bem Zo, estou desesperado. Preciso de te ver, de estar contigo, de te beijar! Sabes, eu até já passei a adorar a deusa Nyx e ela deve estar fartinha de me ouvir implorar que me Marque para que eu e tu sejamos iguais e tudo isso, mas não está a resultar – Heath recomeçara a andar de um lado para o outro a remexer os dedos, como fazia quando estava nervoso – Zo, não aguento mais! Preciso de ti! – Eu pisquei os olhos repetidamente
- Bom… Eu cá acho que devia ter feito uma sessão de relaxamento antes de vir falar contigo… Mas olha, porque é que não te sentas um bocado?.
- Por favor, Zo, dá-me outra oportunidade! Sabes que nós somos feitos um para o outro! – ele tossiu
- Heath, falamos disso um bocadinho mais tarde, primeiro como é que entraste?
- Pelo portão grande?
- Pois, que difícil de adivinhar, como é que passaste pelos guerreiros?
- Disse-lhes que vinha arranjar uns canos entupidos
- Oh senhores… Heath tu és doido! Se eles te apanham, estás frito!
- Ná… Os canos entupidos eram do teu quarto – ele sorriu
- Ao menos a abstinência da bebida e do tabaco fazem-te pensar… - disse eu, enquanto ele tossia outra vez, e eu olhava para o seu fato de macaco azul escuro, mesmo como se tivesse vindo arranjar canos, muito provavelmente pedira-o ao primo…
- Hey, eu sempre pensei… Às vezes era mais lento, mas sempre pensei…
- Pois, sim… Mas Heath, tens de perceber que não há mais nada entre nós… É melhor esqueceres-me… Nada vai ser como dantes…
- Vai sim Zo. Vais ver! Nós podemos ficar juntos! Fomos feitos um para o outro, Zo! Somos aquela coisa de almas gémeas! – ele aproximou-se de mim e tocou-me na cara. Senti o meu coração acelerar… Estava a ficar tensa e nervosa
- Vai-te embora Heath… Por favor… - disse com a respiração acelerada
- Vou, Zo… Depois de beberes de mim eu vou – ele aproximou-se mais e encostou o seu pescoço à minha boca; eu lambi os lábios e a pele dele. Eu queria beber, ele queria que eu bebesse, eu não podia beber…
- Vai-te embora… - sussurrei, desejando exactamente o contrário
- Já te disse que vou, depois de beberes de mim
- Não Heath… não… posso… - disse ofegante a olhar para aquela pele que para mim era tão fácil de rasgar e lamber-lhe o líquido que lhe corria nas veias
- Mas queres… - sussurrou ele. Entre nós já não havia espaço - Zoey, bebé, eu sei que queres beber…
-Mas… não… posso… - aproximei a minha boca lentamente do corte que ele tinha no pescoço, aquele que ele fizera no Starbucks e passei por lá a língua… Vi a zona ficar mais vermelha, com mais sangue, e mais sangue, e mais sangue…
- Heath, por favor… Vai-te embora… Vai… te… embora… - ofeguei
- Zo, promete que nos vemos um dia, um dia em breve, muito em breve – sussurrou-me ele ao ouvido, depois tossiu
- Está… bem… - NÃO, NÃO ESTÁ NADA BEM! Que raio Zoey!, tens de deixar de o ver! Disse para mim mesma
- Óptimo, bebé… Amo-te… - virou-se mas eu agarrei-o no braço
- Heath, o que se passa contigo? – ele olhou-me com ar cansado e só agora reparara nas olheiras profundas que se demarcavam no rosto
- Falamos depois… - notei que ele tinha certo medo ao falar, como se não me quisesse contar a verdade toda… Ele saiu de deixou-me no meu quarto
Sentei-me na minha cama e respirei fundo, não me acalmava de maneira nenhuma. Estendi o tapete de ioga que a minha avó trouxera quando eu fui Marcada e sentei-me com as pernas cruzadas. Deixei que a minha mente imaginasse que eu estava no meio duma floresta, e que há minha frente corria um riacho com água transparente e límpida. Imaginei o barulho da água a correr, e fiz com que a minha figura molhasse o pé direito na água e que deixasse esta brincar com ele. Dei por mim a sorrir com esta imagem de calma, já não sentia o pescoço tenso mas por mim passava agora um cheiro doce entrar pelas minhas narinas, não era o cheiro do sangue de Heath, era outra coisa, um aroma que o vento me trazia, um aroma a flores adocicadas e… e… a mais qualquer coisa doce… Olhei para a minha direita e reparei no baloiço pendurado num ramo de uma árvore, que baloiçava com a brisa sobre a água. Sentei-me e deixei a minha cabeça encostada à corda, os meus pés tocavam na água fresca e aquele aroma continuava à minha volta, a rodopiar, a embalar-me ao mesmo ritmo que o baloiço ia para a frente e para trás, depois, cheirou-me um bocadinho a alfazema, à minha infância, ao lugar onde eu era realmente feliz
- Zoey? Z? Estás bem? – ouvi a voz de Erik chamar-me. Raios, isto não é real. Mas vou ficar aqui só mais um bocadinho… A baloiçar ao som da brisa, a remexer a água límpida… Bocejei… Só mais cinco minutinhos… Adormeci a baloiçar, depois foi como se a terra me quisesse proteger e fez como que o ramo onde estava o baloiço encolhesse e o vento deitou-me no chão, sobre uma relva aquecida, alguma água evaporou para aquecer o ambiente à minha volta e o cheirinho doce intensificou-se embalando-me em conjunto com a melodia do vento a passar nuns buracos, como se fosse uma flauta
- Porra! Isso está gelado! – disse eu, limpando a água da minha cara. Aparentemente dormira ou desmaiara no meu holograma de felicidade e calma, e na realidade e o meu grupo de amigos tinha-me atirado com água gelada para cima para me acordar. Semicerrei os meus olhos e estava deitada em cima da minha cama (mas eu não estava no tapete de ioga?). Por baixo de mim, um calorzinho emanava para me aquecer e dava-me a sensação do cheiro doce que até então me tinha embalado continuava em mim
- Eu disse que ela acordava – declarou Stevie Rae. Espera, Stevie Rae?
- Stevie Rae? – bocejei e esfreguei os olhos, depois abri-os
- Sim Z, sou eu – ela abraçou-me
- Para a próxima, podem deixar-me mais um bocadinho? Estava tão bem! – disse eu
- Bem? Z, do teu tapete de ioga via-se relva e um riacho a crescerem, se bem que o riacho não molhava mesmo, e um cheiro doce e vapor de água pairavam no ar! E tu aí desmaiada ou a dormir, como se fosse completamente normal relva nascer do chão! - disse Erik
- E não é? – perguntei eu. Ele lançou o seu olhar de “Oh, tu percebes!” e eu abanei a cabeça - Mas mais devagar! Relva? Riacho? Cheiro doce e vapor de água? Eu pensava que era só da minha imaginação… que era só o meu holograma… Como é que brotou no quarto?
- Zoey, tu não estás nada bem… Não dizes coisa com coisa! – disse Erin
- Pois, tudo o que dizes é uma confusão – acrescentou Shaunee
- Desta vez elas têm razão, Z – disse Damien
- Pronto eu explico… é assim: falei com o Heath, ele pediu que eu bebesse dele, mas consegui resistir, parecia que os dois estávamos em sintonia e em transe e mandei-o embora algumas vezes. Depois ele disse-me se nos podíamos voltar a ver e foi-se embora. Sentei-me no tapete de ioga a tentar relaxar um bocado e a imaginar estar num lugar calmo e tranquilo, onde me pudesse sentir bem – descrevi o sítio maravilhoso onde “tinha estado”
- Uau, Z! Quer dizer, até o Erik o viu… - declarou Jack
- Pois foi, apesar de ser lindo, pelo que vi e ouvi, fiquei preocupado contigo. Quer dizer, estavas sentada, depois de repente cais para trás e ficas inconsciente, eu fiquei mesmo preocupado! E se eu apanho esse gajo à frente ele nem sabe o que lhe espera!
- Não vais fazer nada Erik… Por favor! Ele estava mesmo mal… E isso da relva deve ter sido das afinidades…– Esfreguei o pescoço e as têmporas. Tinha uma dor de cabeça terrível…
Stevie Rae apercebeu-se do meu desconforto e pediu a todos que saíssem. Eles fizeram isso. Quando iam a sair eu deitei-me na minha cama, a fazer uma pressão sobre as têmporas, para que aliviasse um bocadinho a dor. Erik voltou para trás e beijou-me
- Vá, lá gente, eu estou aqui! – disse Stevie Rae
- Desculpa – sussurrou-me Erik, depois saiu

6 comentários:

RiTuXa disse...

Está mesmo fixe! contua assim!!!

RiTuXa disse...

continua**

Anónimo disse...

Good point, though sometimes it's hard to arrive to definite conclusions

Anónimo disse...

Good evening

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Anónimo disse...

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